O senador Roberto Requião releu no plenário, nesta segunda-feira, 14, trechos do manifesto de lançamento do Partido Operário, fundado por seu bisavô, Justiniano de Mello e Silva, em junho de 1890. De cunho libertário e socialista, o Partido Operário foi organizado simultaneamente em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Ele antecede em algumas décadas a organização de partidos socialista de profissão marxista, explicou Requião.
O Partido Operário defendia, por exemplos, a reforma agrária, a educação integral, o juízo arbitral, o controle externo do Judiciário, a proteção do trabalho, a limitação do direito à herança e uma vigilância rigorosa da administração pública. Com idéia e propostas adiante de seu tempo, o manifesto do Partido Operário terminava com estas palavras:
“Sairemos vitoriosos desta luta? Não é grande infortúnio perder a batalha quando se tem a consciência do próprio valor. Mais desgraçada é a sorte de quem não luta porque não tem coragem, que se deixa esmagar porque não possui a alma livre e perde foros de cidadão”.
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