No Rio, TRE embarga obras. Aqui, o TRE embarga a tradição democrática
Por que será que o TRE do Rio de Janeiro consegue aplicar a lei e o TRE do Paraná tem dificuldades em interpretá-la e fazê-la realmente valer?
Lá no Rio, com auxílio da polícia, o TRE mandou tirar tudo quanto é propaganda das ruas. Principalmente dos prefeitos que são candidatos à reeleição. Aqui, palavrinha alguma, apenas o silêncio do consentimento – a prefeitura usa e abusa do rádio, jornal, TV, faixas, etc –
Emblemático mesmo, foi o firme propósito do TRE do Paraná na proibição da propaganda política na Boca Maldita, coincidentemente, tradicional reduto oposicionista do Paraná. Isto sem contar, que tal proibição demonstra também um profundo desconhecimento histórico e não respeita as tradições democráticas de nosso país e da própria cidade. Curitiba sem campanha Boca Maldita é o mesmo que missa sem padre, lupanário sem mulher e a casa da mãe joana sem a Joana. Não tem graça.
Mas vamos ao grande exemplo do TRE do Rio:
A Justiça Eleitoral embargou, na manhã desta terça-feira (24) as obras do projeto Cimento Social, no Morro da Providência, Centro do Rio. Na decisão, o juiz Fábio Uchoa, responsável pela fiscalização da propaganda eleitoral no município do Rio, afirma que "a obra tem cunho eleitoral e beneficia o senador e pré-candidato do Rio Marcelo Crivella (PRB), em detrimento dos demais interessados no pleito de 2008".
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