Por Elizabete Castro, em O Estado do Paraná:
No xadrez político pré-eleitoral, os tucanos paranaenses querem dar um xeque-mate nas eleições de 2010 no Paraná eliminando os adversários mais fortes na disputa antes de a campanha eleitoral começar. Além de cativar o senador Osmar Dias (PDT), tido como o mais forte concorrente, para que o pedetista saia de cena e tente outra vez o Senado, o mais ousado movimento tucano é atrair o PMDB para o seu palanque. Tirar Osmar do jogo e neutralizar o governador Roberto Requião são estratégias discutidas pelas duas alas tucanas. Tanto pelo grupo que defende a candidatura do prefeito Beto Richa ao governo, como pelo senador Alvaro Dias, que se considera mais apto para a tarefa, por ser irmão do pedetista e por ter relações bem melhores com Requião e os peemedebistas mais históricos do que o prefeito de Curitiba.
Agregar peemedebistas e pedetistas em torno do palanque tucano significa meio caminho andado para a vitória em 2010, acreditam os tucanos. Do outro lado, restariam o PT e aliados que ficariam debilitados sem o reforço peemedebista ou a candidatura pedetista ao governo. A aliança tucano-peemedebista para 2010, entretanto, não é desejada por todos no PSDB, mas não encontrará resistências se ocorrer. "Eu não acredito nesse acordo. Mas não serei entrave para nada. Não vou me insurgir, mas não gosto. Eu sei o que eu fiz na eleição passada e sempre sofri", resumiu o presidente do PSDB do Paraná, deputado Valdir Rossoni.
Recaída – Apesar de todas as indicações de setores do PMDB demonstrando a disposição de sacrificar a candidatura do vice-governador Orlando Pessuti e seguir com o PSDB em 2010, Rossoni ainda acha que Requião é um obstáculo irremovível para esta composição. "Na última hora, o Requião vai ter a velha recaída pelo PT. Vai ser nos quarenta e cinco do segundo tempo, mas vai acontecer", disse Rossoni, esperando que seu palpite esteja certo. Para o tucano, este não seria o que se pode chamar de "um casamento normal". Rossoni acha que o natural é o PSDB juntar o palanque com o PDT. "Com o PMDB, não é assimilável. Mas eu vou agir como magistrado. Se a maioria do partido, aprovar…..", prometeu.
No PMDB, a ideia já está plenamente assimilada em vários círculos. "De concreto, não existe nada. Mas estes desejos estão sendo expressados individualmente nos círculos fechados", disse o presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi. Tal como Rossoni, o peemedebista acha que seu partido combina melhor com o PT do que com o PSDB. O presidente do PMDB não se arrisca a fazer previsões sobre as chances de os dois partidos estarem juntos. "As avaliações são muito subjetivas. (Leia mais)
Foto: Atila Alberti
Atila Alberti, qual o nome do radialista apresentador deste comicio, que está na foto.Eu não conheço, ele está registrado no Sindicato?