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No Paraná, PT colhe assinaturas para CPI da Copel

O presidente do PT do Paraná, deputado Arilson Chiorato, acabou de protocolar na Assembleia Legislativa requerimento de pedido de instalação da CPI da Copel. “Agora vamos atrás de colher assinaturas. Precisamos de transparência nas contas. Irregularidades no balanço e contratações suspeitas precisam ser esclarecidas! Salvem a Copel!”, disse Chiorato no twitter.

Chiorato também vai pedir a quebra de sigilo nos processos e ações envolvendo a companhia paranaense de energia. Segundo o deputado, a Copel vem usando recursos jurídicos para evitar questionamentos sobre a gestão e também falhas no processo de privatização. No início de abril a Copel interpelou judicialmente o deputado após ele revelar irregularidades no balanço e uma possível dívida bilionária, avaliada em R$ 3,2bilhões.

No dia 1º de junho, durante audiência pública, o diretor da Copel, Cássio Santana da Silva, disse: “(…) É importante deixar claro, a Copel acionará judicialmente, todo aquele que propagar uma afirmativa dessa sorte de gravidade”, ao se referir a denúncia feita por Chiorato, coordenador da Frente Parlamentar das Estatais e Empresas Públicas.

“Em defesa da Copel, não vou me calar nem me curvar a ameaças. Essa atitude não me intimida. Queremos saber se o Tribunal de Justiça já confirmou estes valores, em que data, e se o valor na ordem de R$ 3 bilhões está correto”, disse Chiorato

Reunião em Brasília
Na quarta-feira, 14, Chiorato, parlamentares do PT e lideranças sindicais conversaram com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) em Brasília. “Apresentamos ao ministro Haddad documentos que apontam diversas infrações cometidas pela Copel no processo de privatização. Também debatemos os impactos da privatização para o governo federal, uma vez que o BNDES é o segundo maior acionista da Copel depois do Estado do Paraná”, disse.

“Esses encontros são importantíssimos para colocar todos os órgãos do governo federal a par dos trâmites ocorridos no caso da Copel. Saio confiante, inclusive o ministro Haddad propôs que façamos uma junção entre o Ministério de Minas e Energia, AGU (Advocacia – Geral da União), TCU (Tribunal de Contas da União), Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência e o Ministério da Fazenda, e discuta os problemas que envolvem o processo de privatização da Copel, de uma forma lúcida e cuidadosa, por conta das possíveis irregularidades cometidas, tanto jurídica, quanto no processo como um todo”, disse.

Entre os pontos apresentados e discutidos com Haddad estão os erros e irregularidades praticadas pela Copel junto à Comissão de Valores Mobiliários, como a compra de quase R$ 1 milhão em ações pelo diretor financeiro da empresa e provável dívida de R$ 3,2 bilhões.