O deputado federal Zeca Dirceu disse nesta terça-feira, 13, que mais de 40 medicamentos para mais de 10 tipos de doenças crônicas estão dispostos gratuitamente pelo programa Farmácia Popular em 375 cidades paranaenses. “Os remédios para asma, diabetes e hipertensão são gratuitos de forma geral, basta apresentar um documento e a receita em uma farmácia credenciada”, disse o líder do PT na Câmara dos Deputados.
Com desconto de 90% e gratuitos às famílias que recebem o Bolsa Família, a lista inclui remédios para colesterol alto, doença de parkinson, glaucoma, osteoporose, rinite, diabete tipo 2 e doença cardiovascular. “A gratuidade se estende às fraldas geriátricas para incontinência urinária e contraceptivos. Nota-se que os medicamentos atendem, preferencialmente, os idosos e as mulheres. Ao todo, o programa ampliou o acesso à assistência farmacêutica a 55 milhões de brasileiros”, disse Zeca Dirceu.
Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 5 milhões de mulheres em todo o país, que antes pagavam a metade do valor por esse tipo de medicamento, devem ser atendidas com a retirada dos produtos de graça nas farmácias credenciadas.
Abrangência
“O Farmácia Popular foi criado pelo presidente Lula em 2004 e chegou a 35 mil farmácias credenciadas em 2016, atendendo 22,5 milhões de brasileiros. Assim como o Mais Médicos e o Minha Casa Minha Vida, o programa foi praticamente extinto”, disse o deputado federal.
Na retomada do programa, o Ministério da Saúde espera que mais 811 cidades poderão solicitar credenciamento de unidades em todas as regiões do país. Com as novas habilitações que serão abertas, a expectativa é que o Farmácia Popular, até o fim do ano, passe a ter unidades em 5.207 municípios brasileiros, equivalente a 93% do território nacional.
Estudos da Universidade Federal da Bahia de 2017 analisaram a relação do programa com o número de internações e óbitos por diabetes e hipertensão. Entre 2006 e 2015, o índice de internações por diabetes caiu 13% e as hospitalizações por hipertensão tiveram redução de 23% em todo país. Já entre 2011 e 2015, o total de mortes por complicações ligadas ao diabetes caiu 8,23%.