Quase todas as bancadas e blocos parlamentares com assento na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) já indicaram seus representantes para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A disputa que se arrastou nos últimos dias pelo cargo de presidente, terminou hoje com uma solução negociada. O deputado Nelson Justus (DEM), abriu mão de concorrer, aceitando presidir a Comissão de Finanças e Tributação.
Justus, que esteve por oito anos na presidência da CCJ, anunciou sua decisão durante a sessão plenária, quando agradeceu aos colegas e foi saudado pelo presidente da Mesa Executiva, deputado Ademar Traiano (PSDB), que apontou grandeza em sua postura. Traiano também observou ser importante que a CCJ seja instalada já nesta terça-feira (12), de modo a permitir que a análise de projetos recebidos pela Mesa seja retomada o quanto antes. A CCJ tem reunião marcada para amanhã, às 13h30.
Reunião – Desta forma, o deputado Delegado Francischini (PSL), o outro postulante ao cargo, deverá ser aclamado presidente desta Comissão durante a reunião que será realizada no Auditório Legislativo. Francischini falou sobre o sucesso das negociações que puseram fim à disputa, reconhecendo o mérito do concorrente, que presidiu a CCJ nos últimos 8 anos: “Foi uma disputa árdua, mas de alto nível. Pedi votos aos colegas, como em uma eleição normal”. Agradeceu o apoio recebido do líder do Governo, deputado Hussein Bakri (PSD) e afirmou ter um compromisso com o governador Ratinho Júnior (PSD), de dar celeridade aos projetos importantes para o Paraná.
Lembrou a importância do papel da comissão que, a seu ver, não deve se constituir em empecilho ao desenvolvimento do Estado e aos projetos com esse objetivo. Como exemplo citou projeto que está sendo encaminhado pela Casa Civil que visa reduzir o número de Secretarias de Estado de 23 para 15, com economia inicial de R$ 10 milhões. Louvando-se na experiência adquirida em Brasília, como deputado federal, assegurou que o Executivo terá na CCJ um aliado na implementação de reformas necessárias, a serem implantadas em sintonia com o Governo Federal. Tanto Francischini quanto Justus disseram confiar numa convivência pacífica e profícua. Justus afirmou que há momentos que apontam a necessidade de recuar para avançar mais tarde. Aos jornalistas, explicou que esse avanço significa disputar o comando da CCJ no próximo biênio: “Meu desejo é encerrar a carreira na presidência da CCJ”, acrescentou.
Composição – Até o final da tarde desta segunda-feira (11) faltavam ainda a formalização das indicações do PSD, PSB e PPS para ocupar uma das cadeiras da CCJ, integrada por 13 deputados. O bloco PSL/PTB, o maior da Assembleia nesta Legislatura, indicou dois deputados como membros titulares: Francischini e Tião Medeiros (PTB). E dois membros-suplentes; Emerson Bacil (PSL) e Luiz Fernando Guerra (PSL). O bloco MDB/DEM indicou Justus membro titular e Anibelli Neto (MDB), suplente. O PROS escolheu como titular o deputado Homero Marchese, e como suplente, Soldado Fruet.
Os representantes do PT na comissão são os deputados Tadeu Veneri (titular) e Professor Lemos (suplente). O PP será representado pela deputada Maria Victória (titular) e Luiz Carlos Martins (suplente). O bloco PDT/PMN/PPL indicou como membro titular o deputado Marcio Pacheco (PPL), e como suplente, deputado Dr. Batista. Já os representantes do bloco PR/PRB/PODE serão os deputados Jacovós (PR), como membro titular, e Alexandre Amaro (PRB), como membro suplente. O PSC indicou como membro titular o deputado Evandro Araújo, e como membro suplente, Mabel Canto. E a coligação PSDB/PV indicou como membro titular o deputado Paulo Litro (PSDB).
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