O prefeito Gustavo Fruet (PDT) faz de tudo para responsabilizar o Estado pelo caos instalado na gestão do transporte integrado da RMC. Hoje, na RPCTV, Fruet chegou a inventar a existência de um ofício da Comec para a Urbs, sugerindo a prorrogação por 30 dias do atual convênio. Ao contrário do que diz Fruet, o Estado vai prorrogar o subsídio até o final do ano.
Para isso, propõe a renovação do acordo que assegura R$ 50 milhões para a tarifa. Além disso, o Estado está abrindo mão de R$ 20 milhões em arrecadação do ICMS sobre o diesel. Com as parcelas de janeiro e fevereiro o governo concede para Curitiba R$ 80 milhões neste ano. O valor é o dobro do que foi liberado em 2012. Dos R$ 259,6 milhões em subsídios ao transporte coletivo no Paraná, a maior parte, R$ 219,6 milhões, atende os usuários da região metropolitana de Curitiba.
Roberto Gregório, presidente da Urbs, já disse que é pouco dinheiro. O problema é que a prefeitura ainda não sabe qual será o valor da passagem. Para fechar a conta, depende da negociação entre patrões e empresários e saber como tratar a determinação do Tribunal de Contas de que o preço da tarifa deve cair R$ 0,43.
Se não sabem quanto será a tarifa, não sabem também qual a real necessidade do subsídio. O que explica, então, a virulência em atacar o Estado. Talvez o ano eleitoral seja a resposta para todas as questões.
O que fica evidente a cada declaração é a falta de capacidade da equipe curitibana de administrar um modelo que funciona regularmente há quase 20 anos. Por óbvio, ninguém vai admitir a incompetência. A “solução” é empurrar o problema para os outros.
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