Recebo mensagens a perguntar porque não trato do casamento da deputada Maria Vitória, que nos últimos dias ocupa a mídia de escândalos e fofocas. Ora, pois, não faço jornalismo da vida privada. Não sou “colunista social”. Não comento batizado, casamento, crisma, lua de mel e assuntos dessa catadura. Não pretendo conquistar a leitura do povo curioso sobre a vida particular dos que adquiriram notoriedade e se transformaram em figuras públicas. Artistas, políticos, jogadores de futebol, apresentadores de programa de auditório e figuras conhecidas porque têm atividade pública também têm direito a ver respeitada a sua vida privada.
Uma festa de casamento só é notícia em meu espaço se for paga com dinheiro público. Ou se usar de qualquer benefício do poder público para favorecer o evento privado. Um exemplo: usar a polícia para fechar as ruas da cidade com o único objetivo de facilitar o trânsito de pessoas entre a Igreja que celebrou o casório e o lugar da festa. Isto é reprovável e criminoso. É assunto do jornalismo.
Quanto ao uso de um prédio preservado pelo Patrimônio Público, nada a comentar se tudo estiver dentro dos conformes da lei. A construção não pode ser modificada ou sofrer danos. Erguer uma tenda móvel, provisória, temporária, para ampliar o espaço da festa, em um terreno privado (a sociedade Garibaldi é entidade privada), é questão privada. Não me compete fazer digressões sobre o assunto. Nem me apraz. Não me interessa, como não me interessa a vida privada de ninguém.