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Na crise, Paraná é exceção

Na crise, Paraná é exceção
O governador Beto Richa autoriza nesta quarta-feira (04.04), em Umuarama, a liberação de recursos para o início das obras de duplicação da PR-323, no trecho entre Paiçandu e Doutor Camargo, Noroeste do Estado. Na oportunidade Richa assinou contratos e anunciou investimentos da Sanepar. Participaram da solenidade: prefeito de Umuarama, Celso Luiz Pozzobom, o secretário; de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho; entre outros. Umuarama, 04-04-18. Foto: Arnaldo Alves / ANPr.

Vinte e cinco estados, entre as 27 unidades da federação, cortaram investimentos entre 2014 e 2017, aponta o jornal Folha de S. Paulo

Corte de investimentos, obras paralisadas, desiquilíbrio nas contas públicas, recessão e outros percalços provocaram o maior estrago financeiro em 25 dos 27 estados brasileiros entre 2014 e 2017, à exceção do Paraná e Rondônia, aponta a reportagem deste sábado, 21, no jornal Folha de S. Paulo.

A matéria de Flavia Lima, Daniel Camargos e João Pedro Pitombo registra que os estados cortaram R$ 27 bilhões de investimentos – reduziram recursos para infraestrutura, saúde e segurança – e que só os estados de Minas Gerais e Pernambuco têm 2,7 mil obras paradas, conforme relatório da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado.

Recessão – “Em maior ou menor intensidade, o estrago foi generalizado e atingiu 25 das 27 unidades da Federação. A tesoura pesou especialmente em cinco estados, três deles da região Sudeste. As exceções foram Paraná e Rondônia”, reporta o jornal paulista de circulação nacional.

O jornal adianta a recessão econômica a partir de meados de 2014 “atingiu fortemente a arrecadação de tributos de União, estados e municípios, interrompendo uma trajetória de elevação dos gastos que começou logo depois da crise de 2008”.

“Sem autonomia legal para mexer em despesas fixas e onerosas, como a folha de pagamento, puniu-se o investimento. Mas, como esse item é considerado crucial para a recuperação da economia, a sua queda acaba colocando em xeque o já lento processo de retomada”.

Diferencial – O Paraná, segundo a Folha de S. Paulo, conseguiu elevar o gasto com investimentos nos últimos anos, mas, para chegar lá, o caminho foi doloroso. O jornal se refere ao ajuste fiscal e corte de gastos e despesas feitos pelo então governador Beto Richa (PSDB).

Agora em abril, Richa disse que o ajuste cortou R$ 2 bilhões por ano nas despesas. “O Paraná fez o dever de casa, passou por um ajuste fiscal que garantiu o equilíbrio de suas contas num período em que o Brasil mergulhou numa crise econômica e social sem precedentes, talvez a crise mais grave da história”, afirmou Richa na sua despedida do governo.

Cortar investimentos, conforme ainda o jornal, significa adiar “projetos de construção de escolas e hospitais e provisão de equipamentos, além de paralisar obras como pontes e rodovias”. Não é o caso do Paraná. “Só neste ano, estão reservados no orçamento 8,4 bilhões de reais para investimentos em infraestrutura, segurança, saúde e educação”, disse Richa, pré-candidato ao Senado nas eleições de outubro.

“O Paraná de hoje é um canteiro de obras na sua infraestrutura, com duplicações de rodovias, modernização de portos e aeroportos, investimentos vigorosos em energia, saneamento e tecnologia da informação e construções de equipamentos urbanos que garantem mais atenção às pessoas”, completou.

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“Só neste ano, estão reservados no orçamento 8,4 bilhões de reais para investimentos em infraestrutura, segurança, saúde e educação”, disse o ex-governador Beto Richa, pré-candidato ao Senado nas eleições de outubro