A presidenta da Argentina Cristina Kirchner mandou ver esta semana. Dois atos dela tem tudo para cair nas graças de los hermanos. Na primeira tacada Cristina determinou a abertura dos arquivos da ditadura militar, de 1976 a 1983 e uma das mais violentas da América Latina. Em outro ato pediu a saída do Banco Central, que lá é independente.
O decreto assinado por Cristina ordena o cancelamento da classificação “confidencial” das operações das Forças Armadas nesse período e considera que o termo foi usado para “ocultar as ações ilegais do governo de facto”. Ainda segundo o texto, “a manutenção da classificação de confidencial vai contra a política de memória, verdade e justiça que o Estado vem adotando desde 2003″.
Cristina também entrou de sola na questão do BC argentino. Ela simplesmente pediu a renúncia do presidente Martín Redrado, que se recusa a entregar o cargo. A origem do choque entre Cristina e Redrado é o decreto presidencial editado no último dia 15, criando o Fundo do Bicentenário, com US$ 6,5 bilhões de reservas do Banco Central, para garantir o pagamento da dívida pública. Redrado se recusa a cumprir a medida. (Com informações do blog do João Arruda)
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