por Célio Heitor Guimarães
no blog do Zé Beto
por Célio Heitor Guimarães
no blog do Zé Beto
Se ainda existe espaço para gênios (gênios como sendo aqueles que têm a mais elevada capacidade criativa ou crítica e que se sobressaem pelo trabalho intelectual muito acima da média) neste triste e decadente mundo dominado pelas grandes corporações e pelos interesses mercantis, sob o signo do capital, da violência e da crueldade, um deles, sem dúvida alguma, chama-se Joaquim Salvador Lavado. Ou, simplesmente, Quino, um tímido argentino, da província de Mendoza, que em julho de 2012 completará 80 anos e cujo trabalho há muito ultrapassou as fronteiras do vizinho país, porque internacional de cabo a rabo.
Quino se tornou famoso por ser o pai de Mafalda – aquela fenomenal molequinha rechonchuda das tirinhas em quadrinhos, tão preocupada com a paz mundial e com os problemas da Humanidade quanto capaz de questionar o mundo e encantar milhares e milhares de leitores, inclusive no Brasil, onde chegou durante a ditadura de 64. Quem não sente saudade dela e de sua turminha animada – Filipe, Manolito, Susanita, Miguelito, Guille, da pequenina Liberdad e da tartaruguinha Burocracia?
Desde 1973, Quino não desenha mais Mafalda (a não ser em ocasiões especiais), mas tem uma rica produção de cartuns reunida em inúmeros livros. E continua produzindo obras-primas, como na ocasião em que um pai procura explicar para o pequeno filho o mundo em que vivemos. Genialidade pura.
Deixe um comentário