“Não é possível que se imagine que o governador do Paraná vai se dobrar e se colocar no silêncio subserviente diante da pressão de uma procuradora do Ministério Público Federal e de alguns juízes. Os princípios da democracia e da liberdade no Brasil valem muito para que eu ceda”, reagiu Requião nesta terça-feira (8) contra a censura prévia imposta a ele por decisão judicial pedida pelo Ministério Público Federal.
“Se cedesse, cederia em nome de todo o Paraná, aviltando o voto dos meus eleitores, desmoralizando a instituição do governo e a liberdade de expressão. Multem à vontade, mas meu silêncio não vão conseguir”, garantiu o governador. “Não tenho o direito de me calar, de me sentir ameaçado por lesão ao patrimônio. O meu patrimônio é insignificante diante do dano à democracia que essas pessoas estão proporcionando com essas medidas”, falou Requião, comentando seqüestro de suas contas bancárias pedido pelo MPF mas negado pela Justiça.
“Levem meus cavalos, meus patos, o automóvel da minha mulher, mas a dignidade e a obrigação que eu tenho de dizer a verdade não será cerceada por chantagem judicial”, afirmou. “Não vamos ver esse Governo se dobrando. Tenho um mandato a cumprir, um programa em defesa do interesse público. O que querem com essas medidas para calar o governador do Paraná? A que servem, a serviço de quem estão? O que está acontecendo nesse processo de tentar calar o governador Requião? Se pudessem, já tinham me posto na cadeia, não por desvio do dinheiro público, mas por denunciar o desvio do dinheiro público. Isso é uma loucura”, acrescentou. Leia matéria completa em Reportagens.
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