José Pedriali
Já bastavam, para assombrar seu périplo eleitoral, os fantasmas do pedófilo Eduardo Gaievski, do ex-companheiro de partido, incentivador e coordenador da fase inicial de sua campanha André Vargas e o da apropriação indébita de R$ 40 mil do FGTS quando deixou Itaipu por livre e espontânea vontade. E agora a senadora Gleisi Hoffmann surge como proprietária de um apartamento, avaliado em R$ 1,1 milhão, no bairro Água Verde, em Curitiba.
Não há, aparentemente, nenhuma ilegalidade na compra desse apartamento. Os vencimentos dela como senadora (20 mil reais livres por mês, multiplicados por 13 dão 260 mil por ano, e ela está completando quatro ano no cargo).
Essa bufunfa nada desprezível fez dela o candidato ao Iguaçu que mais aumentou seu patrimônio nos últimos quatro anos. Falaremos disso no post abaixo.
Há, no entanto, uma acabrunhante coincidência, anotada pelo implicante jornalista Karlos Kolbach, do jornal Bem Paraná: o residencial Quartier – é dele que estamos falando – foi construído pela Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário. E daí? Daí que a construtora, uma das empreiteiras da refinaria Abreu e Lima, repassou R$ 28 milhões para o ex-diretor da Petrobras Paulo Costa – aquele que foi para o xilindró por participar do esquema de fraude montado pelo doleiro Alberto Youssef, do qual André Vargas é suspeito de sociedade no laboratório Labogen.
Costa era o intermediário de propinas a políticos que colaboravam com o esquema.
Gleisi tem alguma coisa a ver com isso?
Não há nada, que a associe ao bando. Apenas esse apartamento incômodo, adquirido recentemente, formando um gigantesco ponto de interrogação sobre sua conduta.
Para não complicar ainda mais sua candidatura, sugiro à dona Gleisi que mude de endereço.
Há muitos apartamentos de luxo como o dela em Curitiba. E que não foram construídos por empresas envolvidas em corrupção com membros do governo que ela representa.
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