O líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli, destacou nesta sexta-feira (16) os 25 anos de luta do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a serem comemorados na próxima semana, e a efetiva parceria nos últimos seis do movimento popular com o Governo do Paraná.
“O MST nasceu no Paraná, mais precisamente durante um encontro de trabalhadores rurais em Cascavel em janeiro de 1984. Em 1985, o primeiro congresso do MST foi realizado em Curitiba e, desde lá, o movimento colocou a reforma agrária e a luta pela distribuição de terra, renda e riquezas em evidência, na pauta do país”, disse Romanelli.
O MST do Paraná não fará qualquer atividade para lembrar os 25 anos de luta, mas em nota à imprensa, diz que o movimento “é fruto da histórica concentração fundiária que marca o Brasil desde 1500”. Atualmente, o MST está organizado em 24 estados com 130 mil famílias acampadas e 370 mil famílias assentadas. No Paraná são 18 mil famílias assentadas e seis mil acampadas.
Hoje, ao completar 25 anos, o movimento continua a luta pela reforma agrária, organizando os pobres do campo. Também segue a luta pela construção de um projeto popular para o Brasil, baseado na justiça social e na dignidade humana, princípios definidos em 1984 na fundação do movimento no Paraná.
PARCERIA – Romanelli destacou que desde 2003, o movimento e a questão fundiária voltaram a ser tratados com respeito pelo Governo do Paraná. “Temos uma série de convênios com MST que vão da assistência técnica às 18 mil famílias assentadas no Paraná, além construção de escolas e postos de saúde, obras de infra-estrutura nos assentamentos, incentivo às cooperativas, à agricultura familiar, os programas sociais, educacionais e de alfabetização de adultos”, disse.
O deputado destacou que essas ações, entre outras levadas junto aos trabalhadores rurais, são claras demonstrações de que o Governo do Paraná é um dos parceiros do MST e da reforma agrária no país. “O Paraná mostra a importância de assentamentos bem sucedidos, levando tecnologia, conhecimento e educação às famílias sem terra”.
“São os assentamentos dos sem terra, mais a agricultura familiar que atende toda demanda de alimentos do Estado. Porque os grandes agricultores e o agronegócio focam sua produção para exportação e para atender os grandes centros do país”, completou.
IMPORTÂNCIA – Na nota à imprensa, o MST lembra que todos os países considerados desenvolvidos atualmente fizeram reforma agrária. “As primeiras reformas agrárias aconteceram nos EUA, a partir de 1862, e depois em toda a Europa ocidental, até a 1ª Guerra Mundial. No período entre guerras, foram realizadas reformas agrárias em todos os países da Europa oriental. Depois da 2ª Guerra Mundial, Coréia, Japão e as Filipinas também passaram por processos de democratização do acesso a terra”.
A reforma agrária distribuiu terra, renda e trabalho, o que formou um mercado nacional nesses países, criando condições para desenvolvimento. “No final do século 19, a economia dos EUA era do mesmo tamanho que a do Brasil. Em 50 anos, depois da reforma agrária, houve um salto na indústria, qualidade de vida e poder de compra do povo”, sustenta o MST.
“Depois de 500 anos de lutas do povo brasileiro e 25 anos de existência do MST, a reforma agrária não foi realizada no Brasil. O MST defende um programa de desenvolvimento para o Brasil que priorize a solução dos problemas do povo, por meio da distribuição da terra, criação de empregos, geração de renda, acesso à educação e saúde e produção e fornecimento de alimentos”, conclui a nota.
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