Mais de 400 trabalhadores rurais sem-terra participaram de uma audiência pública nesta quinta-feira na Câmara de Vereadores de Renascença – município de 6.810 habitantes, situado a 475Km de Curitiba -, que contou com a presença de autoridades locais e de representantes dos governos estadual e federal, além dos deputados petistas Luciana Rafagnin e Professor Lemos. O grupo representou as 2.200 famílias assentadas pela reforma agrária na região Sudoeste e as mais de 700 que vivem em acampamentos, muitas sob ameaça de despejo.
Os sem-terra reivindicaram ações nas áreas da produção, da recuperação de estradas, da educação e de outras políticas públicas, mas o maior receio é de que o governo do estado, a exemplo do que aconteceu no segundo mandato de Jaime Lerner, cumpra as ordens de despejo dos acampados. “Queremos a polícia longe dos acampamentos, uma vez que a reforma agrária é uma questão social e não um caso de polícia”, disse o coordenador do MST na região, Edson Bagnara. “Polícia tem de correr atrás dos bandidos e tem de cuidar dos crimes, não de trabalhador sem-terra”, completou.
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