Agora é o MPL (Movimento Passe Livre) que protesto contra o aumento da tarifa de ônibus no transporte coletivo. "A manifestação deveria ser pacífica, mas os estudantes, que atearam fogo em um boneco que simbolizava o prefeito Beto Richa, quase se confrontaram com a Polícia Militar", diz a Gazeta do Povo na edição desta quarta-feira (21). Leia abaixo a matéria na íntegra.
“Estamos aqui para barrar o aumento da passagem e pedir mais transparência no processo do cálculo tarifário realizado pela URBS”, diz o estudante Luiz Pereira, de 19 anos, um dos líderes do movimento. Entidades civis e partidos de oposição querem barrar o aumento e vão às ruas coletar assinaturas para anexar a uma denúncia entregue ao Ministério Público na semana passada. O MP já abriu inquérito e vai investigar as planilhas de custos das empresas que operam o transporte.
Na manifestação de ontem, os estudantes fizeram uma caminhada pelo calçadão da Rua XV por volta do meio-dia, gritando palavras de ordem como “R$ 2,20 é extorsão” e “passe livre já” e usando megafone, batuques, faixas e bandeiras pretas.
Policias militares do 12º Batalhão e agentes da Guarda Municipal acompanhavam de perto o protesto. Quando os estudantes tentaram bloquear o cruzamento da Rua XV com a Marechal Floriano, uma menina foi cutucada com o cacetete por um dos policiais. Quando os estudantes atearam fogo ao boneco, um dos manifestantes foi agredido no pescoço por um dos PMs. Houve um princípio de tumulto. A polícia nega qualquer ato violento e garante que agiu apenas em nome da ordem.
Quase no mesmo horário, do outro lado da cidade, o prefeito Beto Richa entregava 57 novos ônibus que fazem parte do processo de renovação da frota, uma das justificativas dadas pela Urbs para o aumento das passagens. Segundo a prefeitura, até o final do ano serão comprados mais 419 novos ônibus (267 para substituição e 152 adicionais), criando uma oferta diária de 184 mil novos lugares.
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