O MPF (Ministério Público Federal) denunciou o ex-deputado federal André Vargas (PT-PR), a esposa, Eidilaine Soares e o irmão dele, Leon Vargas à Justiça Federal por lavagem de dinheiro. A investigação faz parte das apurações da Operação Lava-Jato que, desde março de 2014, vem buscando indícios de corrupção em contratos envolvendo a Petrobras e outras áreas do serviço público federal.
De acordo com a denúncia, Vargas, a esposa e o irmão compraram um apartamento em Londrina, no Norte do Paraná, por cerca de R$ 500 mil. A operação, segundo os procuradores, possui indícios de lavagem de dinheiro, já que o imóvel custaria, na verdade, R$ 980 mil. Conforme as investigações, a família de Vargas adquiriu o imóvel pagando cerca de R$ 320 mil, além de fazer um financiamento para quitar o restante do valor pago ao proprietário.
No entanto, em depoimento, o antigo dono do imóvel afirmou que recebeu os R$ 980 mil de Vargas. A diferença, afirma o MPF, foi paga informalmente, sem constar nos registros de imóveis ou na declaração de imposto de renda. A Procuradoria diz que o negócio foi feito com a ajuda de Leon, que negociou com a imobiliária, e com a anuência da esposa de André Vargas, que deu o nome para a compra do imóvel.
Os procuradores acreditam que a transação aconteceu para que Vargas pudesse esconder parte do dinheiro que teria recebido como propina de uma agência de publicidade que fechou contratos com a Caixa Econômica Federal e com o Ministério da Saúde.
O caso também é investigado no âmbito da Lava-Jato e fez com que André e Leon Vargas fossem presos em abril deste ano. Além deles, o publicitário Ricardo Hoffmann também foi detido. Dias depois, Leon ganhou a liberdade por decisão judicial. Todos respondem a um processo relativo ao caso. (Samuel Nunes/G1)
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