De Celso Nascimento, na Gazeta do Povo:
Razões 1 – O destruição de uma grande e histórica reserva ambiental e os prejuízos para o sistema viário da região são os dois principais motivos que levaram o Ministério Público a entrar na Justiça com uma ação civil pública contra a instalação do shopping Patteo, no Batel, o mais novo empreendimento do empresário Salomão Soifer, dono também do shopping Muller. A ação foi instruída com fotos do antigo bosque que circundava a mansão vitoriana da família Gomm e que, gradativamente, foi sendo derrubado nos últimos anos para dar lugar à construção do shopping.
Razões 2 – Para o promotor Sérgio Cordoni, que assina a petição, deixar que o shopping seja construído no modo e na dimensão projetados significará sepultar definitivamente a melhoria do sistema viário no local. A construção impedirá a interligação das ruas Hermes Fontes e Bruno Filgueira, acarretando engarrafamentos nas já congestionadas avenida Batel e rua Francisco Rocha. Vizinha à área, já há a interrupção da Dom Pedro II, cujo leito foi ocupado (ilegalmente?) pelos condôminos do luxuoso edifício Springfield.
Razões 3 – A ação, de n.º 37.165/0000, que tramita na 3.ª Vara da Fazenda Pública, coloca Soifer e a prefeitura de Curitiba na condição de réus. Do primeiro exige a paralisação imediata da obra e a recuperação dos danos ambientais já causados; do segundo, que casse o alvará e as licenças ambientais que permitiram a obra, já que esta, segundo o MP, estaria em desacordo com as posturas municipais.
Não consigo entender porque é necessário destruir tanto para fazer obras. Estes governos nossos são horríveis. Onde já se viu deixar fazer isto. Tá de parabéns o MP!