Mais uma prova da discriminação ao Paraná. Comissão Mista no Congresso Nacional aprovou por mais um ano a prorrogação do pagamento pelo governo de subvenção aos produtores de cana de açúcar e de etanol do Nordeste, afetados pela seca na região, foi incorporada ao relatório final da Medida Provisória 635/2013. Também os produtores independentes de cana do Rio de Janeiro serão beneficiados com a mudança. O projeto de conversão do MP precisa ser aprovada ainda pelo plenário Congresso e na semana que vem em mais uma reunião da comissão.
Vale lembra que em 2013, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), quando chefiava a Casa Civil, jogou contra emenda que estendia a subvenção aos produtores de cana-de-açúcar do Paraná – responsáveis por 60 mil empregos é 25% da matriz enérgica no Estado – prejudicados pela geada. Para votação da MP, o Congresso Nacional formou uma comissão mista presidida pelo deputado João Arruda (PMDB-PR) e como relator, o senador Gim Argello (PTB-DF). A MP autorizou o pagamento de subvenção econômica aos produtores da safra 2011/2012 de cana-de-açúcar e de etanol da região Nordeste afetados pela seca que atingiu a região. E autorizou também financiamento para renovação e implantação de canaviais com equalização da taxa de juros.
Por emenda, Argello estendeu os benefícios aos produtores do Paraná, que sofreram prejuízos com geadas. A subvenção é de R$ 12 por tonelada de cana-de-açúcar – respeitado o limite de 10 mil toneladas. Estima-se que 18 mil produtores de cana-de-açúcar devem receber a subvenção, com um custo da ordem de R$ 122,2 milhões. Ao saber da emenda, Gleisi entrou no circuito e na Câmara dos Deputados disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) a vetaria, causando-lhe prejuízo político no Paraná. Mesmo aprovada na comissão mista, o plenário cedeu a pressão de Gleisi e retirou a emenda paranaense da votação e a MP foi aprovada atendendo somente os produtores de cana-de-açúcar do Nordeste. Na época, antes da votação, Gleisi também se recusou a receber os representantes do produtores paranaenses na Casa Civil que defendiam a ampliação da subvenção.
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