O Núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual cumpriu ontem sete mandados de busca e apreensão em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba). Os mandados foram cumpridos a partir de investigações da 2ª Promotoria de Justiça da cidade, que apura a prática da chamada “rachadinha” por parte do vereador Edson Dangui (PSC), acusado pelo MP de ficar com parte dos salários de assessores. A operação também teve como alvo a residência do chefe de gabinete de Dangui, Fábio da Silva. As informações são do Bem Paraná.
Segundo a promotoria, a operação investiga a ocorrência dos crimes de concussão e constrangimento ilegal praticados pelo vereador. De acordo com o MP, o parlamentar, com o auxílio de seu chefe de gabinete, coagia assessores para que repassassem a ele parte do salário que recebiam.
Na casa do parlamentar investigado foi localizado R$ 28.024,00 em dinheiro, assim como em seu gabinete outros R$ 1.500,00. Os valores, entretanto, não foram apreendidos por ausência de ordem judicial.
Afastamento – A Justiça também determinou o afastamento do vereador e de seu chefe de gabinete por 180 dias e proibiu os dois de entrarem na Câmara ou manterem contato com testemunhas do processo. Segundo a promotoria, ex-assessores denunciaram que faziam repasses como R$ 1,8 mil e R$ 2 mil mensais.
Em nota, o vereador negou as acusações “Posso afirmar que sou transparente sempre, fazendo jus aos termos da lei, mas que isso foi orquestrado por alguma denuncia de alguém, seja político ou outra pessoa comum. Em nenhum momento fui chamado pra prestar qualquer esclarecimento pra justiça”, alegou ele.
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