Uberlândia-MG 22/7/2020 –
A Mostra Virtual de Artes Integradas será transmitida dia 23 de julho no canal do Movimento Cultura Luta, no YouTube, às 20 horas.
Fazedores de cultura da cidade e de todo o país se uniram em prol dos trabalhadores da área em Uberlândia-MG para a realização da primeira Mostra Virtual de Artes – MOVA. O evento será transmitido ao vivo, no canal do Movimento Cultura Luta no YouTube, na próxima quinta-feira, às 20 horas.
Durante a live quase 60 obras de arte que foram doadas ao Movimento Cultura Luta estarão disponíveis na galeria virtual podendo ser adquiridas para ajudar o Movimento que visa angariar recursos para colaborar com a classe artístico-cultural da cidade de Uberlândia.
Para reforçar o time de artistas, a MOVA contará com a participação de profissionais da região e também de fora. Nomes como Inês Peixoto e Eduardo Moreira (Grupo Galpão), Katia Bizinotto (Grupontapé), Flávio Arciole e Maria Célia Vieira, Edson Denizard e Luis Dillah, Luíz Salgado, Veruska Mendes, Cláudio Henrique (Grupo Strondum), Karine Telles, Cláudia Raia, Denise Fraga, Laila Garin, Matheus Natchergaele, Mateus Solano, Renato Borghi e Élcio Nogueira Seixas, Letícia Spiller, Grupontapé, Cláudia Raia, Jack Will, Wagner Schwartz, Jorge Farjalla, Lavínia Pannunzio, Henrique Portugal (Skank), entre outros, têm participações confirmadas.
A apresentação será conduzida pela dupla de palhaçaria composta por Guilherme Almeida e Valéria Gianechini.
Aquisição das obras
As obras de artes, doadas por artistas visuais de Uberlândia em sua maioria ou que têm algum vínculo com a cidade, já estão expostas e disponíveis para quem quiser adquirir na galeria virtual criada pelo Movimento Cultura Luta, que pode ser acessada no endereço: https://www.facebook.com/movauberlandia. As obras possuem um valor mínimo, mas como se trata de um evento beneficente quem tiver interesse na obra poderá doar mais do que o valor mínimo estipulado por cada obra, ajudando assim o movimento.
Sorteio
Durante toda a live, quem fizer doações acima de R$30,00 também irá concorrer a obras de arte.
Movimento
O setor cultural, em todo o país, foi um dos mais afetados durante a pandemia da Covid-19. Em Uberlândia, não é diferente. Para amenizar as consequências, artistas e fazedores de cultura do município se uniram para enfrentar a falta de trabalho e, consequentemente, a não-remuneração da classe. Daí surgiu o Movimento Cultura Luta, em maio, com atuação contínua na cidade.
O Grupo já realizou várias ações em âmbitos diversos, desde arrecadar alimentos e recursos até propor políticas públicas para dar suporte à classe artístico-cultural do município.
A primeira ação foi a redação de uma carta, assinada por mais de 400 artistas reivindicando um edital emergencial municipal específico para a classe. Depois, o cadastramento dos artistas e fazedores de cultura para a entrega de 350 cestas básicas de alimentos no mês maio. Esta iniciativa teve o apoio do IAMAR, do SESC-Uberlândia, por meio do Projeto Mesa Brasil, Espaço Letrado e do Movimento Juntos por Uberlândia. Uma nova remessa de cestas básicas foi distribuída entre as famílias cadastradas neste mês.
Outro projeto que saiu do forno foi o site do Movimento. Nele, constam todas as ações realizadas pelo grupo, bem como informações diversas, inclusive notícias. “Além das nossas redes sociais, a nossa página na internet é uma ferramenta para deixarmos os nossos mais diversos públicos atualizados”, destaca Lorraine Albina, musicista que também integra o Movimento e criadora do site.
Fundo Privado
A grande meta do grupo é lançar um edital com base em um fundo privado de incentivo às atividades artístico-culturais. “Para isso, lançamos, ainda em maio, uma campanha para angariar o montante de, pelo menos, R$ 150 mil, que é nossa meta para um bom edital aos trabalhadores da cultura em Uberlândia”, informa Carlos Guimarães, um dos voluntários do movimento.
Para ele, a ação do governo municipal com o edital de emergência para auxílio ao setor, embora bem-vindo, ainda não é suficiente para atender à demanda. “Por isso criamos uma campanha de doações para conseguir levantar o recurso e lançarmos um edital simplificado, em parceria com a Associação de Teatro de Uberlândia (ATU), que, somado a outras inciativas, garantam um ‘respiro’ aos trabalhadores da cultura”, argumenta Carlos Guimarães.
Doações
Qualquer pessoa ou empresa pode fazer a doação para o fundo privado do Cultura Luta. As informações constam no site do movimento, nas páginas criadas no Facebook e Instagram ou pelo e-mail [email protected] e pelos números de WhastApp: (34) 9 9232-0679, (34) 9 (34) 9118-6224, (34) 9 9222-0066 e (34) 9 9163-9081.
“Como esses recursos serão distribuídos para a cadeia produtiva da cultura em Uberlândia, nós lançaremos editais e regulamentos para que as ações sejam feitas da forma mais transparente possível. Vale ressaltar que apoios como esse proporcionam uma devolução à sociedade, pois os artistas estarão na ativa, produzirão mais e se farão ainda mais presentes nessa fase jamais imaginada que estamos atravessando”, ressalta Kátia Bizinotto, atriz que também compõe o movimento.
Isso sem mencionar o quanto a economia criativa mobiliza e beneficia outros setores da sociedade. É o que defende o produtor cultural, que também faz parte do movimento, Rubem dos Reis. Segundo ele, a cada R$ 1,00 não investido na cultura R$ 1,60 deixará de circular na economia. “A relevância econômico-financeira soma-se ao fato de que a cada cinco trabalhadores da cultura parados teremos menos seis trabalhadores no mercado de trabalho. Hoje o trabalhador da cultura, quase sempre sem vínculos empregatícios formais, depende do seu labor diário para colocar a comida no prato. E ele está só. Para muito além dos números existe o fator humano”, destaca Rubem dos Reis, produtor cultural e também integrante do Cultura Luta.
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