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Mourão reitera necessidade de intensificar privatizações no país

SP - GENERAL-MOURÃO-ABIMAQ - GERAL - O general Hamilton Mourão, vice na chapa do candidato Jair Bolsonaro participa de encontro com presidenciáveis, na sede da ABIMAQ, localizada na Avenida Jabaquara, em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (20). 20/09/2018 - Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O vice-presidente da República eleito, Hamilton Mourão, reiterou hoje (29) que o futuro governo está determinado a intensificar os processos de privatização no país. Segundo ele, a intenção é buscar na iniciativa privada o que não é possível no setor público. A afirmação foi feita para um grupo de empresários e engenheiros no auditório da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília. Informações são de Carolina Gonçalves, da Agência Brasil.

“Se eu não tenho condições de fazer a manutenção de uma rodovia, basta um contrato decente. Temos que romper a discussão ideológica [sobre cobrança de pedágio] e [que] a gente trafegue sem risco em estradas bem mantidas”, disse Mourão.

O vice-presidente não detalhou áreas nem empresas, mas citou a necessidade de incrementar as parcerias entre as iniciativas públicas e privadas. Ele defendeu a construção de uma espécie de “centro do governo” para reunir e controlar os principais projetos, políticas e definição de índices e metas fixadas pelo Executivo.

Obras

Segundo Mourão, as obras de maior porte e mais recentes ocorreram no final do período militar, e o Brasil acumulou equívocos como a decisão de investir em apenas um modal de transporte – o rodoviário. “Somos reféns de uma classe [rodoviária]. Temos que nos voltar para todos os modais e precisamos da nossa engenharia.”

Mourão afirmou que empreiteiras brasileiras cometeram “erros” no passado, mas precisam voltar a atuar no país. “Vamos apagar o que ficou e recuperar nossas empresas”, disse. “Vamos voltar a ter orgulho de sermos brasileiros. Deixar de ser o país do futuro e entrar nesse futuro.”

Desafios

De acordo com o vice-presidente, os desafios dos primeiros meses de administração incluem o leilão de 12 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) nos próximos 30 anos e o da Ferrovia Norte-Sul – ambos marcados para ocorrer em março do próximo ano –, além das obras públicas federais que estão paradas.

O Ministério da Infraestrutura, no governo Jair Bolsonaro, será comandado pelo atual diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura Transporte (Dnit), Tarcísio Gomes de Freitas.

Confirmado por Bolsonaro, Gomes de Freitas vai concentrar decisões sobre os setores de transporte aéreo, terrestre e aquaviário. Ele já havia antecipado que sua missão será destravar projetos de melhoria da logística do país.

Estratégias

O vice-presidente eleito sugeriu ainda a adoção do que chamou de “dólar médio”, para atrair investimentos e retomar as obras paradas no país. Segundo ele, seria fixado um valor médio para o dólar. Se houvesse variação para cima do preço, o governo garantiria a segurança para o investidor.

“Esse é um exemplo de garantia para contratos de obras de grande porte”, disse Mourão na palestra na ANTT. Porém, o general ressaltou que a palavra final será dada por Tarcísio Gomes de Freitas, que assumirá o Ministério de Infraestrutura.

Ao final de sua palestra, Mourão destacou a necessidade de os órgãos de controle do governo serem mais “proativos”. “Precisam ser mais proativos e se adiantar aos problemas.

link da matéria
http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2018-11/mourao-reitera-necessidade-de-intensificar-privatizacoes-no-pais