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MOTORISTAS E COBRADORES DO TRANSPORTE COLETIVO AMEAÇAM GREVE EM CURITIBA

Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana de Curitiba ameaçam entrar em greve já em março caso os salários não forem reajustados em 10%, conforme pretendido pela categoria formada por 13,5 mil trabalhadores. "As empresas e a Urbs pediarm para apoiar o reajuste da tarifa que o aumento vinha em seguida. A tarifa aumentou 15% e a patronal quer pagar somente 3%. Se não vier os 10% pedidos pela categoria no salário de março, o jeito é cruzar os braços", disse um dirigente do Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros) que pediu para não ser identificado. 

Sindimoc enviou a proposta de reajuste para Urbs (Urbanização Curitiba S.A.) e ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). As partes ainda não chegaram a um acordo. Um motorista recebe R$ 1.108,80 mensais e um cobrador, por sua vez, R$ 628,20. "Isso sem os descontos. Temos o salário mais baixo entre outros companheiros da mesma categoria de outras cidades do Estado", disse o sindicalista. 

Caso a Urbs e o Setransp não aceitarem a proposta dos motoristas e cobradores, o Sindimoc vai convocar uma assembléia e deflagrar a paralisação. No ano passado, a categoria já havia reivindicado o reajuste de 10%, mas como em ano de eleição, tiveram a contrapartida de 6% nos salários. "Falaram que tudo ia melhorar neste ano e a coisa só piorou. O motorista anda estressado e nos microônibus faz dupla função: de motorista e cobrador. As condições de trabalho estão péssimas. O povo anda feito sardinha em lata e desconta sua raiva na gente", completou.

Mais de dois mil ônibus operam as 547 linhas do transporte coletivo em Curitiba e região metropolitana. O sistema transporta mais de 1,2 milhão de passageiros por dia.