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Morre Assis, ídolo do Atlético

Morre Assis, ídolo do Atlético

O Casal 20, que tanto sucesso fez no Atlético e no Fluminense, existe agora só na lembrança. Morreu neste domingo o ex-atacante Assis, que formava com Washington a dupla de goleadores que estourou na Baixada no início da década de 80, para depois continuar fazendo sucesso no Tricolor das Laranjeiras. As informações são da Gazeta do Povo.

No site oficial, a diretoria do Atlético lamentou o falecimento do ídolo. “O Clube Atlético Paranaense presta suas condolências a todos os amigos e familiares de Assis”, afirma o texto.

A CBF, em seu site oficial, também lamentou a morte de Assis. “Os jogadores e integrantes da comissão técnica, bem como o presidente Marin, em nome de sua diretoria e funcionários da CBF, manifestam à família os pêsames pela morte de Assis”, relata o texto da CBF.

Recorde da última entrevista de Assis à Gazeta do Povo

Aos 61 anos, Benedito de Assis Silva, que era funcionário do Fluminense, mas mantinha residência em Curitiba, faleceu no Hospital Vita, onde estava internado há algumas semanas com problemas renais. Ele morre pouco menos de dois meses depois do companheiro Washington, que faleceu em maio

Assis e Washington fizeram parte do Atlético bicampeão paranaense em 1982 e 1983. Na sequência, Assis se transferiu com Washington para o Fluminense, onde foram campeões brasileiro em 1984, além de tricampeãos cariocas em 83, 84 e 85.

O velório acontece a partir das 15 horas deste domingo, na Capela Unilutos, na Rua Desembargador Benvindo Valente, 380, no bairro São Francisco, atrás do Cemitério Municipal. O enterro será no Cemitério Água Verde, segunda-feira (7), às 17 horas.

Paulistano de nascimento, Assis começou a carreira em 1975, no São José (SP). Seu futebol ganhou projeção no São Paulo, onde jogou em 1980 e 1981, após passagens em outros clubes do interior paulista. Após uma passagem pelo Internacional, Assis chegou junto com Washington à Baixada em 1982, ambos trocados pelo lateral Augusto.

No Furacão, a dupla engrenou. Tanto que ganhou o apelido de Casal 20, em referência ao seriado de TV que fazia sucesso na época. Já no primeiro ano de Baixada, Assis e Washington terminaram com o jejum de 12 anos sem títulos na conquista do Paranaense de 1982.

No ano seguinte, a dupla voltou a fazer sucesso. Com o Casal 20 em campo, além do bi estadual, o Atlético chegou pela primeira vez à semifinal do Campeonato Brasileiro. Antes, o Furacão passou pelo São Paulo e, com um gol de Assis no Morumbi, o time garantiu vitória por 1 a 0 e a honrosa colocação entre as quatro melhores equipes do país, sendo eliminado na sequência pelo Flamengo.

E no Rio a dupla passou a protagonizar o principal confronto do futebol carioca na década de 80: o Fluminense do Casal 20 contra o Flamengo de Zico. Não à toa, Assis passou a ser chamado de carrasco rubro-negro. Em 1983, ele marcou o gol do título carioca aos 45 minutos do segundo tempo, eleito pela torcida do Flu um dos gols mais importantes da história do clube.

“É uma perda muito grande. Assis foi um dos maiores ídolos da história do Fluminense. Marcou uma geração. Um ídolo que tinha uma forte ligação com o clube desde sempre. Hoje é dia de reverenciá-lo por tudo que fez por nós tricolores, afirmou o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, em nota no site oficial.

Mas por pouco o Casal 20 deixa de existir no Tricolor das Laranjeiras. Inicialmente, o Flu queria apenas Washington. Entretanto a diretoria carioca acabou aceitando levar Assis de contrapeso, o que marcou o atacante, que prometeu e cumpriu que mostraria o seu valor nas Laranjeiras. Junto com o parceiro, Assis virou um dos maiores ídolos da história do Fluminense, chegando à seleção – atuou três vezes com a camisa amarela.

Em 1988, retornou ao Furacão. Já não era o artilheiro matador, mas, em 1990, encerrou a carreira no clube que o projetou para o Brasil. Em votação da torcida no site Furacão.com, Assis foi eleito a integrar a escalação do Atlético de todos os tempos.