Moreira pensa em Curitiba, Beto Richa negocia 2010
Acostumado a pular de galho em galho quando o assunto é cargo público, Beto Richa foge de debate e não discute as soluções para Curitiba. O ex-deputado, ex-vice prefeito e atual prefeito ignorou estudantes do maior colégio público do estado. “Infelizmente, nem todos os candidatos compareceram a este importante evento no principal colégio público da capital, perdendo uma grande oportunidade de debater os problemas de Curitiba”, comentou Moreira.
Na noite desta sexta-feira (12), em debate promovido pelo grêmio estudantil do Colégio Estadual do Paraná entre os candidatos a prefeito de Curitiba, Carlos Moreira (15) mostrou novamente ser o mais preparado para governar a capital paranaense. O candidato do PMDB participou do evento ao lado de outros quatro concorrentes.
A se lamentar a nova ausência em um debate do atual prefeito e candidato à reeleição. Beto Richa alegou incompatibilidade de agenda e mais uma vez não quis apresentar e discutir propostas de governo diante da população curitibana. “Infelizmente, nem todos os candidatos compareceram a este importante evento no principal colégio público da capital, perdendo uma grande oportunidade de debater os problemas de Curitiba”, disse Moreira.
O candidato do PMDB respondeu inicialmente às perguntas formuladas pelo grêmio estudantil sobre educação e saúde, destacando suas principais propostas de governo como o orçamento de 30% para a educação, a criação dos Centro de Convívio Jovem em bairros estratégicos da cidade, a escola em período integral, a ênfase no ensino técnico profissionalizante, a contratação de mais médicos para os postos de saúde e a parceria com os hospitais universitários para a realização de exames especializados.
No bloco de perguntas de candidato para candidato, Moreira falou sobre a transparência na administração pública. “Se existe um lugar em que a transparência não existe é na Prefeitura de Curitiba”, afirmou. Ele lembrou que o grupo que governa a capital paranaense há 20 anos entregou grande parte da administração da cidade a organizações sociais, comandadas por empresas privadas. “É o caso do ICI (Instituto Curitiba de Informática), gerenciado por três empresas que são responsáveis por toda a informática de Curitiba. Elas recebem R$ 70 milhões por ano, gastam muitos recursos em software proprietário e detém os códigos-mestres da cidade. Se um dia forem embora de Curitiba, a capital ficará nas trevas na área de informática”, revelou.
O candidato do PMDB lembrou de outras áreas de Curitiba em que não há transparência, como na coleta e reciclagem de lixo (comandada pelo Instituto Pró-Cidadania), no trânsito e nas multas (gerenciado pela Urbs), na locação de veículos (gastos de R$ 43 milhões por ano), nas consultarias (gastos de R$ 7 milhões ao ano), nos cargos comissionados. “Essas são as caixas pretas da Prefeitura de Curitiba. A revisão de todos esses contratos pode trazer muita economia, garantido novos recursos para a educação, saúde e segurança da cidade”, garantiu Moreira.
Finalizando sua participação no debate do Colégio Estadual, Moreira falou sobre segurança pública e defendeu a parceria entre a Guarda Militar, a Polícia Militar e a Polícia Civil. O candidato do PMDB lembrou que o prefeito pode colaborar muito com a segurança da cidade investindo no aparelhamento urbano, com melhor iluminação pública e mais câmeras nos bairros. “Para não se transformar em uma nova São Paulo, Curitiba precisa de um planejamento de longo prazo, algo que a gestão atual demonstra não ter. Estamos sob o domínio da publicidade, que mostra apenas a cidade-espetáculo, que não existe, e não a cidade real, com vários problemas como as filas nos postos de saúde e o engarrafamento no trânsito. É necessário que tenhamos um segundo turno nesta eleição, para que possamos discutir mais sobre Curitiba, fortalecendo a democracia na capital”, concluiu.
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