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Moreira, dos males o menor

Moreira, dos males o menor

O reitor da UFPR, Carlos Moreira, é o melhor candidato que o PMDB poderia escolher para disputar as eleições de 5 de outubro em Curitiba. Isto porque é um candidato “neutro”. Não não vem nem das “entranhas” nem do universo político do governador Roberto Requião, muito menos é um militante histórico do partido e, assim, uma eventual derrota será minimizada justamente por não ser um personagem do mundo político.
Não será creditada nem ao partido muito menos ao governador mesmo que ele tenha batido o martelo para sua indicação.
A avaliação é do cientista político Rogério Bonilha, que afirma que dentre todas os nomes listados pelo PMDB, o de Carlos Moreira é “o mais neutro”, já que, ao contrário de Rafael Greca, Reinhold Stephanes Júnior, e até mesmo Marcelo Almeira e Rodrigo Rocha Loures, “não tem uma história política”.
— Ele é um caderno universitário político em branco para escrever o que quiser, afirma o cientista político.
Bonilha não tem dúvida que, se Moreira não se sair bem nas eleições, nem mesmo ele sairá “chamuscado” porque o eleitor certamente avaliará que o reitor “não era talhado para esta tarefa”.
Mas, se for bem sucedido, será porque foi fácil construir um discurso novo.
E por falar em discurso, Bonilha garante que o reitor está equivocado se acha que sua pregação contra os “políticos profissionais” terá ressonância junto à população.
— Se ele pretende com isso alertar a população apontando parar uma oligarquia que está no poder há muito tempo, uma monarquia no qual se chega a confundir pai com filho, não terá o menor efeito. O eleitor é egoísta. Ele quer saber se sua rua está bem cuidado, se seu bairro é seguro, atesta.

Gleisi, uma incógnita
Rogério Bonilha afirma que ainda é muito cedo para se dizer que a campanha eleitoral em Curitiba ficará polarizada entre o tucano Beto Richa e a petista Gleisi Hoffmann.
Na verdade, para ele, Gleisi ainda é uma “incógnita”.
— Talvez haja uma federalização de sua campanha, que sua campanha seja como uma engrenagem importante dos programas sociais do governo Lula.

2º turno
Bonilha concorda com a tese da oposição que, lançando o maior número possível de candidatos, é possível levar a eleição em Curitiba para o segundo turno.
Ainda mais se for possível lançar candidatos com apelo popular, como os deputados Carlos Simões, do PTB, e Ratinho Júnior, do PSC.

— Se cada um tirar um pouquinho (de Beto Richa), a eleição pode ir para o segundo turno, avalia.
No entanto, Bonilha avalia que a oposição está “muito lenta”enquanto o prefeito Beto Richa consolida sua candidatura com uma campanha, inclusive de mídia, inteligente.