Continua o imbróglio envolvendo os moradores do Boqueirão e a Fundação de Ação Social de Curitiba – presidida pela primeira dama Márcia Fruet – com a instalação de centro de apoio a moradores de rua em plena área residencial. Apesar de Márcia negar que os problemas envolvendo o local, moradores do bairro confirmam a ação arbitrária da FAS e a falta de diálogo da instituição, bem como os problemas e insegurança.
Segundo a própria prefeitura, em resposta aos moradores, o local é provisório, fruto de uma ação emergencial. Só que o site da administração municipal relata que estarão disponíveis 60 vagas no futuro Centro POP Boqueirão (Rua Padre Dehon, 2968, Boqueirão), mesmo local que os moradores reclamam. Ou seja, o local ficará definitivo no bairro.
Pelo perfil da jornalista Kauanna Batista, a primeira dama de Curitiba disse que já já conversou com os moradores para resolver o problema. Mas, segundo os próprios moradores, a reunião que havia sido marcada foi cancelada e não há qualquer posição da FAS.
Márcia Fruet aproveitou inda a oportunidade para dizer que não responde “a blogs pagos pra nos atacar e inventar declarações e notícias, além de disseminar o ódio (sic)”. O problema é que a bronca é dos moradores da região, e não de qualquer blog. Pelo que se vê, a turma da prefeitura não aprendeu que quando se é governo, deixa-se de ser pedra para se tornar vidraça.
“Como posso ficar tranquila para mandar meus filhos a pé para escola com tantas pessoas suspeitas na rua? Não desmereço ninguém, mas é visto que houve um aumento considerável de perambulantes nas ruas da proximidade. É preciso ajudar essas pessoas? Sim. Mas não as colocando perto de onde se encontram crianças e jovens, e onde há várias escolas em que os alunos vão para casa desacompanhados”, relata a moradora Sandra Cardoso.
Para o líder comunitário Cristiano Roger, que relatou o problema o blog, e que não tem ligação com qualquer partido, a reclamação não tem nada de oposição, mas sim uma manifestação contrária à forma inequívoca de ajudar os moradores de ruas sem que se haja atitude real de cidadania.
“Apenas fazem um certo atendimento puramente assistencialista, sem triagem, sem nenhum projeto de ressocialização. Falar é bonito, mas a realidade é outra. Já aconteceram muitos casos deploráveis de insegurança. Montaram a casa de forma arbitrária, sem consultar os moradores que pagam os impostos. O povo vai se organizar e lutar na rua se for preciso pelos seus direitos”, disse.
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