Os moradores do bairro Campo de Santana, em Curitiba, resolveram chamar a atenção para as ruas sem infraestrutura de uma maneira diferente. Eles pintaram círculos azuis para sinalizar os ‘ciclobarros’ que a região acumula: ruas sem asfalto e sem calçada. Segundo eles, em dias de chuva o acesso a algumas as ruas é bastante limitado. A brincadeira com os círculos azuis é para ironizar a chamada ciclorrota, implantada pela Prefeitura de Curitiba no bairro Portão até a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que é um trecho de vias compartilhadas por carros e bicicletas, que tem velocidade máxima permitida até 30 quilômetros por hora (km/h).
O círculo azul, bem longe do bairro Portão, foi pintado em frente ao Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Juril de Plácido e Silva Carnasciali, que fica no conjunto habitacional Moradias Itaqui. O dono da ideia foi o instrutor de auto-escola Fernando Fortunato que mora no bairro e está revoltado com o descaso. “As ruas estão em estado de calamidade, e não é nem força de expressão. Os outros bairros têm ciclorrotas, mas aqui a gente tem barro e mato”, reclama.
A rua principal do CMEI não é asfaltada e, segundo os moradores, há grande dificuldade em levar ou buscar as crianças em dias de chuva. “Pais e alunos sofrem com buracos, poças de lamas e muito barro, além de não existir calçadas, o mato toma conta de toda vizinhança. O CMEI fica completamente ilhado”, diz o instrutor.
A rua Thirso Dal Corso, que dá acesso a rua Delegado Bruno de Almeida, também não tem asfalto, nem sinalização. Moradores alertam que o cruzamento entre as ruas fica mais perigoso a cada dia.
Outro lado
A Banda B procurou a Prefeitura de Curitiba que prometeu solucionar o problema: “A Prefeitura de Curitiba informa que já está na programação a manutenção e roçada das ruas próximas ao CMEI Juril Carnasciali. As equipes só estão aguardando o tempo secar para poderem iniciar os trabalhos”, diz a nota enviada à reportagem.