Em reunião com representantes das centrais sindicais realizada no dia 8/05, o novo ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, voltou a afirmar que quer acabar com a “fábrica de sindicatos fantasmas, sem representatividade”, ressaltando que a falta de regras claras sobre a questão enfraquece a legitimidade dos sindicatos.
No que se refere à regulamentação de novos sindicatos no país, os representantes das centrais ficaram de apresentar uma proposta ao governo num prazo de 15 dias.
Para o presidente da Cobrapol, Jânio Bosco Gandra, a iniciativa do ministro Brizola Neto é louvável, visto que além de não proporcionarem nenhum tipo de benefício às categorias que dizem que representam, os sindicatos de gaveta chegam muitas vezes a prejudicar trabalhos sérios que vêm sendo desenvolvidos há anos por alguma entidade, somente pela ânsia de receber os recursos do Imposto Sindical.
“A própria Cobrapol foi vítima desse tipo de ação. Há alguns meses o registro da nossa entidade foi temporariamente suspenso em função de um ataque de pseudos-sindicalistas que comandam um sindicato com apenas 18 filiados. A situação já foi resolvida, mas poderia ter causado um enorme estrago aos policiais, visto que a Confederação representa os trabalhadores da Polícia Civil de todo o País em ações judiciais e também junto ao Executivo Federal”, comentou Gandra.
Segundo dados do Sistema Integrado de Relações do Trabalho (SIRT) do Ministério do Trabalho e Emprego, somente no ano passado, o MTE recebeu 1.207 pedidos de registro de sindicatos. A maioria deles, de olho numa parcela do Imposto Sindical. Existem atualmente 9.822 sindicatos de trabalhadores com registro ativo em todo o País.
Assessoria Cobrapol
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