O ministro da Saúde, Ricardo Barros, autorizou a inclusão – publicada nesta quinta-feira (9) no Diário Oficial – do medicamento memantina para casos de Alzheimer moderados e graves no SUS. O medicamento, já é aprovado pela Anvisa, age impedindo a ação do excesso do glutamato nos neurônios. Altos níveis do composto facilitam a entrada do cálcio nas células neuronais, levando-os à morte.
O medicamento foi indicado para casos moderados e graves. Não há indicação para casos leves. Para os casos graves, o composto deve ser combinado com medicamento inibidor de colinesterase, substância que inibe a ação de enzimas que destroem a acetilcolina, neurotransmissor atuante na memória. Já nos casos leves, a memantina pode ser usada isoladamente.
A recomendação da incorporação no SUS foi feita por comissão de avaliação em julho desse ano. O relatório concluiu que “apesar do tamanho do efeito ser pequeno, ele é significativo e influencia favoravelmente a qualidade de vida dos doentes e cuidadores”, diz.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que acomete 33% dos indivíduos com mais de 85 anos e compromete de mais de 35 milhões de pessoas no mundo. A condição leva ao declínio de habilidades cognitivas, como a memória e orientação no tempo e no espaço. Há também mudanças na personalidade e no comportamento, bem como prejuízos na habilidade de realizar funções diárias.
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