Trinta anos após a execução do estudante de Apucarana, Antônio dos Três Reis de Oliveira, um militar veio a público e relatou como aconteceu a operação transcorrida nos anos de chumbo da Ditadura MIlitar. Antônio dos Três Reis, irmão do jornalista Taquinho, diretor do jornal Tribuna do Norte, foi fuzilado no dia 17 de maio de 1970, junto com a companheira de luta Alceri Maria Gomes da Silva.
Ele pertencia aos quadros da ALN (Aliança Libertadora Nacional) e foi executado num aparelho (esconderijo) na rua Caraguataí, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. O relato, que pode inclusive levar ao local onde estão enterrados os ossos do estudante paranaense, veio a público em entrevista do ex-oficial do Exército, Maurício Lopes Lima, 75 anos, ao jornalista Bernardo Mello Franco da Folha de S. Paulo.
Em depoimento inédito, o tenente-coronel reformado e ex-chefe de buscas da Oban (Operação Bandeirante) informa que chefiou a busca e que os agentes "só reagiram".
Em novembro, o oficial foi acusado pelo Ministério Público Federal de participar de atos de violência contra a presidente eleita, Dilma Rousseff, e outros 19 presos políticos. Foi denunciado por vários, mas nega tudo.
Antônio, estudante de economia, tinha 21 anos e militava na ALN. O Exército nunca admitiu sua morte. Alceri, 26, era operária e pertencia aos quadros da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária).
No depoimento, o militar confirmou ter comandado a operação, alegou que Antônio teria atirado contra ele e classificou as duas mortes como "inevitáveis". LEIA MAIS
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SE FOR ESCARAFUNCHAR A FUNDO, A HISTÓRIA DOS ANOS DE CHUMBO, VAI APARECER UM MONTÃO DE DESOVADOS.
ESSA HISTÓRIA DE QUE SÓ MORRERAM 500 PESSOAS EM 21 ANOS DE DITADURA, É CONVERSA PARA BOI DORMIR.
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