O deputado Michele Caputo (PSDB) solicitou, nesta terça-feira (13), o apoio emergencial do Governo do Paraná ao município de Guaraqueçaba, tendo em vista a grave situação do transporte escolar e de pacientes da cidade. A falta de manutenção das ambulanchas, barcos e ônibus, por parte da prefeitura, tem prejudicado o ano letivo dos alunos e também causa inúmeros problemas no atendimento de saúde da população.
Durante a sessão plenária desta terça, Caputo também pediu que o Estado tome providências para responsabilizar os gestores que deixaram de conservar adequadamente as ambulanchas, patrimônio público adquirido mediante convênio com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano. Além disso, o deputado quer saber onde a prefeitura de Guaraqueçaba tem aplicado os recursos repassados pela Secretaria de Estado da Educação para o custeio do transporte escolar. O valor teria chegado a R$ 446 mil somente este ano.
“O que vimos na mídia durante a semana passada mostra a realidade que o povo de Guaraqueçaba tem enfrentado nos últimos meses. Barcos sem motor, ambulanchas abandonadas, ônibus parados e a população sofrendo por conta da ineficiência do poder público”, relata o deputado.
Ambulancha – Com mais de 8 mil habitantes, Guaraqueçaba tem 19 ilhas e 22 comunidades rurais. Por conta disso, quase metade da população vive fora da sede e necessita de transporte público para ter acesso a serviços básicos como saúde e educação.
Desde o ano passado, o presidente da Câmara, vereador Thuca da Saúde, tem denunciado a precariedade na manutenção da frota marítima e terrestre da prefeitura. Segundo ele, o Estado destina recursos para compra de veículos e embarcações e, em contrapartida, o executivo municipal deveria cuidar da manutenção da frota.
“Infelizmente, o que acontece é bem diferente. Das dez ambulanchas adquiridas em 2016, apenas cinco estão sem uso. Uma delas é uma UTI móvel, que poderia dar suporte ao atendimento de casos mais graves”, explica o vereador.
O caos na saúde também é visível na rede básica de atendimento. Não há médicos nas unidades de saúde e o atendimento nas ilhas também foi suspenso. “Isso tem sobrecarregado o hospital estadual, que agora foi obrigado a atender toda a demanda de assistência médica do município”, alerta Michele Caputo.
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