O case do Paraná no apoio ao resgate das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos é hoje exemplo para o país. O programa HospSUS, implantado durante a gestão do ex-secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, tem recebido elogios de gestores de diversos Estados e nesta sexta-feira (20) foi tema central de um debate realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Durante o V Fórum Integra Saúde – Federassantas, Michele Caputo foi o responsável por apresentar os avanços e resultados alcançados com a adoção de uma política de diálogo e parceria entre Poder Público e Filantropia. Com o HospSUS, o governo estadual criou uma linha de incentivos aos hospitais filantrópicos, destinando recursos para obras, equipamentos, capacitação profissional e custeio – considerado um dos principais gargalos do SUS.
Segundo Michele Caputo, isso fez com que o Paraná tivesse um salto de qualidade em sua rede hospitalar, visto que quase metade dos atendimentos de alta e média complexidade são realizados em estruturas filantrópicas. “Demos uma atenção especial à esta área, porque muitos hospitais estavam à beira do colapso. Sem recurso extra, Santas Casas seriam fechadas e pessoas poderiam ficar desassistidas”, revelou.
HopSUS – A partir da criação do programa, o que se constatou foi uma grande inversão de cenário. “Com os incentivos do Estado, conseguimos ampliar a oferta de leitos, levando atendimento de qualidade para mais perto das pessoas. Isso ocorreu porque os hospitais equilibraram as contas e se colocaram à disposição para ampliar seus serviços credenciados ao SUS”, explicou Michele Caputo.
Em oito anos, o volume de recursos investidos no programa devem ultrapassar a marca de R$ 818 milhões. Somente em obras e equipamentos, foram aplicados cerca de R$ 206 milhões. Isso possibilitou a abertura de 716 novos leitos de UTI – um aumento de 60% em relação à 2010.
“Abrimos UTIs em grandes centros, como Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, mas também em cidades menores, referências microrregionais, como Bandeirantes e Laranjeiras do Sul. Isso mostra que também investimos em estruturas no interior do Estado, preenchendo vazios assistenciais”, enfatiza Michele Caputo.
Rede – Atualmente, 103 hospitais filantrópicos e Santas Casas fazem parte do HospSUS. Entre eles estão hospitais de grande porte – referências em urgência e emergência e atenção materno infantil, além de outras unidades de menor complexidade, como hospitais de médio e pequeno porte.
O fortalecimento da rede hospitalar filantrópica foi decisiva para a melhoria de diversos indicadores. Destaque para a redução da mortalidade materna e infantil aos menores índices da história, a melhoria no desempenho no quesito captação/transplante de órgãos e a diminuição da mortalidade por acidentes.
Para Michele Caputo, o desafio agora é garantir a continuidade destes avanços. “Temos o dever de lutar para que o HospSUS, que nasceu como um Programa de Governo, se perpetue como uma Política de Estado. Não podemos retroagir e por isso as entidades filantrópicas devem se unir e defender esta causa também”, conclamou Michele Caputo.
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