O vice-presidente Michel Temer (PMDB) inicia, na próxima semana, uma viagem pelo país que inclui visitas a onze estados. O roteiro começa pelo Paraná. Em Curitiba, Temer deve se reunir com lideranças estaduais e representantes da sociedade civil na sede estadual da sigla. As informações são do Paraná Portal
A missão do vice-presidente seria pacífica, com foco tanto na reunificação da sigla, que atravessa um período de crise com conflitos internos, principalmente nas esferas superiores, quanto na recuperação da confiança da população.
O deputado estadual Requião Filho explica que a ideia é consolidar o partido como uma nova opção para o futuro e que as viagens estão completamente descoladas do governo Dilma. “O vice-presidente Michel Temer é também nosso presidente do partido. Estamos discutindo as candidaturas próprias às principais capitais do Brasil e estamos buscando sugestões para planos de governo tanto para 2016 quanto para 2018″, afirma.
“É notório e todos nós sabemos – inclusive nós, do PMDB – que o PMDB tem andando muito a reboque. Andou a reboque do Fernando Henrique, andou a reboque do Lula, a reboque da Dilma. Está na hora de termos um PMDB protagonista. O PMDB puxando a fila”, explica o deputado.
A série de visitas, chamada de Caravana da Unidade, vai passar por todas as regiões brasileiras e também pode orientar a convenção nacional do PMDB, na qual Temer vai tentar a reeleição como presidente da legenda. O objetivo é construir uma candidatura única e amenizar os ânimos de eventuais concorrentes.
Requião Filho afirma ainda que o afastamento gradual entre Temer e a presidente Dilma Rousseff, diante do atual cenário, é inevitável. “O Michel foi eleito vice-presidente da Dilma e é responsável tanto pelos erros quanto pelos acertos do governo tanto quanto a presidente, mas a insatisfação com algumas políticas, inclusive econômicas, da nossa presidente, fazem com que esse afastamento seja inevitável. Mas tem que ser um afastamento programático, em cima de ideias, e não um afastamento em cima de uma questão eleitoreira. Nós precisamos ter uma alternativa para o Brasil, não apenas um rompimento com o PT por uma questão de conseguir um favor eleitoral momentâneo”, explica.
Depois de Curitiba, no Paraná, a Caravana segue no Sul, com destino a Florianópolis, em Santa Catarina, cujo governador é Raimundo Colombo (PSD). O Rio Grande do Sul, por sua vez, que já é comandado pelo PMDB, com o governador José Ivo Sartori, só deve ser visitado depois da convenção.
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