Investigação não prova envolvimento do Prefeito no esquema, mas conclui que a gestão de Barbosa Neto (PDT)S se beneficiou disso
O Gaeco concluiu as investigações sobre o esquema de compra de votos na Câmara de Vereadores, que indicou que há uma quadrilha na cidade que aplica o sistema do mensalão, ou seja realizam o pagamento em dinheiro em troca de apoio de parlamentares nas votações de interesse.
Com isso, o Gaeco indiciou formalmente Marco Cito, homem de confiança de Barbosa Neto, Rogério Ortega, atual chefe de gabinete da prefeitura, Alysson de Carvalho, diretor da Sercomtel, Ludovico Bonato e o vereador Eloir Valença (PHS), por formação de quadrilha. Além disso, Cito, Ortega, Carvalho e Bonato foram acusados de corrupção ativa, e o vereador, por corrupção passiva.
Agora, a promotoria tem prazo até o dia 11 para denunciá-los judicialmente. O Gaeco deve entrar hoje com um pedido para converter as prisões temporárias em preventivas.
Sinto que em geral os blog’s estão tomados pela “reportagem” dos associados Gazeta do Povo-Jornal de Londrina. Observem os leitores no link (http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=1250954&tit=Mensalao-garantia-apoio-a-Barbosa-diz-Gaeco) como são sugestivas a foto e as chamadas (1) principal e (2) secundária, veiculadas com estardalhaço por esses jornais, sexta-feira, como a intenção está direcionada à crucificar o prefeito: 1. “Mensalão garantia apoio a Barbosa, diz Gaeco”; 2. “Inquérito concluído ontem não aponta envolvimento direto do prefeito no suposto esquema de compra de apoio”.
Nas cúpulas econômicas, empresariais ou políticas, são poucos os que ainda defendem o prefeito Barbosa Neto em face da saraivada de suposições plantadas na mídia contra a sua pessoa sem dar-lhe o espaço de defesa para gerar perante o público um mínimo do contraditório que se tem na esfera judicial. Os telejornais da TV Globo não noticiaram que na quinta-feira (26/04), quando esteve espontaneamente na Câmara Municipal liberando sua base de apoio – composta de 7 dos 19 vereadores – para a instauração da Comissão Processante, o prefeito londrinense propôs auditorias gerais nas contas do Executivo e do Legislativo, nos últimos oito anos. Até a oportunidade de se manifestar no plenário lhe foi tolhida, mesmo tendo direito regimental à palavra como é assegurado às autoridades em qualquer Parlamento! Este é o fato que deveriam focalizar, se pretendem mesmo prender os corruptos e corruptores. Por quê não divulgam que na mesma semana o atual prefeito foi ouvido como testemunha no caso em que o Ministério Público investiga a compra do Jornal de Londrina pela Gazeta do Povo, em circunstâncias nebulosas encobertas ou patrocinadas por seus antecessores?
Para elucidar sobre a questão da empresa Centronic, incluo palavras do próprio Barbosa Neto, escritas em retorno que recebi dele na quarta-feira: “Não há um centavo de beneficio da Centronic na emissora de rádio Brasil Sul. Tanto é que a Justiça Trabalhista já nos isenta de tudo isto, sem contar que a própria investigação feita pela CEI (Comissão Especial de Inquérito) não pediu a abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito, quem pediu foi o ex-secretario exonerado por mim da Secretaria de Defesa Social por Gestão temerária, pra não dizer outra coisa, que se transformou em desafeto político!” Complemento com algo que me parece isento, o texto do executivo de vendas Silvio Luiz Lozam, que copiei na coluna “Opinião do Leitor” da Folha de Londrina (03/05/2012): De dezembro de 2010 a dezembro de 2011, a Prefeitura de Londrina conseguiu ganho financeiro de R$ 78 milhões entre receita e despesa, graças ao trabalho da consultoria INDG. Então pergunto: um prefeito que permite que uma consultoria séria como o INDG se estabeleça na sua administração e implante um Programa de Modernização de Gestão Pública (PMGP) tem um perfil corrupto? Muito pelo contrário! Nunca se fez tanto em tão pouoc tempo! E por fazer tanto, a administração está sujeita a erros e acertos. Então, há um legado de atos e editais para serem “auditados”, não pela visão do benefício para a cidade, mas para “achar brechas” e fomentar vinganças e “denuncismos”. Vejo a cidade bem administrada em todas as áreas, tudo graças à economia gerada pelo PMGP. Não consigo ver o “vilão” que querem mostrar, eu vejo os seus resultados. Mas, ao que tudo indica, está sendo derrotado pelo corporativismo enraizado na cidade e que não permite que Londrina cresça e se modernize. E finalizo afirmando que está aí, na finalização escrita po Lozam, o cerne de todo o problema: a mídia não perdoa Barbosa Neto pelo corte das verbas publicitárias que só da empresa municipal de telefonia – a Sercomtel – fizeram escoar R$ 100 milhões (isto mesmo, cem milhões de reais) em oito anos de administração do prefeito que o antecedeu.