As Polícias Civil e Militar do Paraná deflagraram nesta quarta-feira (21) uma megaoperação para prender três quadrilhas envolvidas com homicídios, tráfico de drogas, roubo de veículos e residências, além de corrupção de menores.
As organizações criminosas atuam principalmente em Londrina e na cidade de Cambé, região Norte do Estado. Mais de 200 policiais estão nas ruas desde as 6h para cumprir pouco mais de 90 mandados expedidos pela Justiça, sendo 47 de prisão preventiva.
A investigação começou em outubro de 2017 de forma conjunta pelos setores de inteligência da Polícia Militar e da Delegacia de Polícia Civil, ambas da cidade de Cambé. Duas das quadrilhas estavam em guerra entre elas disputando pontos de tráfico de drogas. As polícias começaram a atuar conjuntamente e foi idealizada a montagem da “Operação Égide”, que em grego significa Escudo. A intenção é que se formasse um grande escudo por parte de policiais militares e civis para evitar a ação destes criminosos.
Ao longo da investigação, os policiais se depararam com uma terceira organização criminosa que também atuava na região. O líder desta quadrilha, que está preso na cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, comandava as ações criminosas no Paraná.
Entre os alvos da Operação Égide também estão pessoas detidas no sistema prisional paranaense. Os mandados de prisão expedidos contra elas estão sendo cumpridos por agentes do Departamento Penitenciário do Paraná, que dá apoio à megaoperação dentro das unidades penitenciárias.
Ao longo do trabalho de investigação, nove pessoas foram presas entre elas uma advogada que estava com 4 quilos de maconha e 120 gramas de cocaína e um homem que tinha sete mandados de prisão e estava foragido da Penitenciária de Londrina. Além deles, um adolescente foi apreendido por envolvimento nos crimes praticados pelas quadrilhas.
Vítimas destes criminosos relataram à polícia que as quadrilhas eram extremamente violentas durante o roubo a residências. Fortemente armados eles amarravam as pessoas dentro das casas para realizar os crimes.
Participam da “Operação Égide” 230 policiais, sendo 132 militares do 5º Batalhão da Polícia Militar e 98 civis das Delegacias das Subdivisões de Londrina, Arapongas, Apucarana, Maringá e Paranavaí. O helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da Polícia Civil também dá apoio à megaoperação.
Os presos irão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, roubo, organização criminosa e corrupção de menores. Os detidos na megaoperação serão encaminhados e apresentados na sede da Delegacia de Polícia Civil de Cambé.
Mais informações sobre a megaoperação policial serão repassadas a partir de 10h em entrevista coletiva na sede da Câmara Municipal de Cambé com a participação dos policiais civis e militares responsáveis pela investigação, além do secretário da Segurança Pública, Julio Reis, do comandante Geral da PM, coronel Maurício Tortato, do Delegado Geral da PC, Naylor Robert de Lima, e do delegado Adriano Chohfi, diretor do Departamento de Inteligência do Paraná.
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