Megafone abre canal multimídia em Foz
Rede Cidadania na Comunicação lança jornal mural e site comunitário interativo (www.megafone.inf.br)
Caia nesta rede, Foz do Iguaçu. Esse é o convite feito à comunidade pelo mais novo veículo da imprensa iguaçuense. Lançado nesta quarta-feira, Megafone une duas formas de mídia para levar informações de uma maneira direta e acessível aos quatro cantos da cidade: jornal mural e site de notícias comunitárias.
A Rede Cidadania na Comunicação tem como objetivo oferecer tratamento crítico e analítico aos assuntos da sociedade ao mostrar boas histórias, personagens e peculiaridades do município. Ela vai incentivar o diálogo popular através de matérias e do debate público sobre fatos do dia-a-dia dos moradores.
O jornal impresso valoriza a vida dos bairros ao discutir um tema por mês. Sua matéria-prima são as pessoas e as particularidades da Terra das Cataratas. Ele abordará a saúde, segurança, transporte, educação, meio ambiente, esporte, cultura e reivindicações. “Nos cafundós da cidade” é a reportagem de estréia, que mostra a realidade de quem vive bem longe do centro, mais precisamente no fim da linha; ou seria o começo? (ver boxe).
O ‘jornalão’, no formato de cartaz, é colado em locais com grande movimento de pessoas. São mil exemplares por edição fixados em espaços como muros, paredes, vitrais e quadros informativos de empresas. Tudo para democratizar o acesso à informação para todas as classes sociais.
Outro diferencial deste formato é seu visual atrativo, com destaque para fotografias dos moradores. Destaque ainda para adaptação do jornal mural transformado em banners, que estarão em locais com grande circulação de pessoas para incentivar ainda mais a leitura do impresso.
Portal — Megafone na internet tem um papel distinto do jornal mural, porém com o mesmo princípio: a cobertura crítica de assuntos socioeconômicos de Foz do Iguaçu. Além do conteúdo jornalístico próprio, com várias editorias, o portal será um prestador de serviços no campo social.
No endereço www.megafone.inf.br, o leitor encontra perfis de exemplos de cidadania, conquistas populares, legislação municipal e os direitos do consumidor, o convívio nas escolas e universidades. E também verá ações de entidades parceiras, notícias comunitárias, campanhas sociais e serviços de utilidade pública.
O canal multimídia explora o jornalismo participativo ao usar as ferramentas da internet para promover a interação com os leitores. O portal abre amplo espaço para sugestão de pautas, críticas, comentários, colaborações em textos, fotos, vídeos, áudios, músicas, entre outras contribuições.
O site abriga ainda todo o material do jornal mural devidamente adaptado para o formato digital. O leitor encontra também histórias inéditas sobre os “cafundós da cidade” que não entraram no mural, bem como novas fotos e áudios de todos os personagens.
A versão virtual terá um resumo do conteúdo enviado periodicamente para mais de 30 mil endereços eletrônicos de moradores de Foz do Iguaçu. O boletim será recebido por estudantes, funcionários públicos, empresários, autoridades, órgãos públicos, universitários, trabalhadores, agentes culturais, entre outros segmentos.
Megafone é formado por cidadãos iguaçuenses de diferentes profissões. Seu lançamento só foi possível graças ao apoio das empresas Itaipu Binacional, Tropical das Cataratas, Sicoob Credioeste, Zanon Móveis, BR Digital e Gráfica Ideal.
Nos cafundós da cidade
É difícil encontrar uma região desabitada em Foz do Iguaçu. Ao percorrer áreas afastadas do centro, quase sempre se vê uma casinha, um bar, uma igrejinha que compõem diferentes cenários. Dos mais de 300 mil moradores do município, são poucos que moram na barranca dos rios Paraná e Iguaçu, à beira do Lago de Itaipu, perto da Ponte da Amizade, do Refúgio Biológico Bela Vista ou no Parque Nacional do Iguaçu.
Megafone Mural apresenta as vantagens e desvantagens de pessoas que moram nos cafundós da cidade. A maioria é obrigada a pagar “o olho da cara” pela entrega de pizzas, remédios ou gás. Isso quando o serviço chega à localidade. Por outro lado, estão longe da confusão do trânsito e se beneficiam da calmaria da natureza.
Além disso, suas vidas estão ligadas a momentos únicos de Foz, como o tempo em que onça era um gato doméstico dos moradores do parque e o recente caos social provocado pelo arrocho da Receita Federal. Um drama em comum faz parte da história de alguns personagens. Dos homens e mulheres retratados neste primeiro número, três abriram a conversa falando do assassinato de um filho, sem mesmo serem questionados sobre violência.
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