Os movimentos Acampamento LAVA JATO, Patriotas Paraná e Curitiba Contra a Corrupção denunciaram na tarde desta quinta-feira, 6, o desmanche dos grupos de trabalho da Polícia Federal que integram a Operação Lava Jato no Paraná. Segundo nota da própria PF, as equipes serão dissolvidas e passarão a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas.
Para os movimentos em questão, o desmanche da força-tarefa na Polícia Federal atende o propósito e pressão do ministro da Justiça, Torquato Jardim.
“É um atentado contra o combate à corrupção e todo trabalho que vem sendo desenvolvido pelas equipes da Lava Jato. Eram onze grupos de trabalhos chefiadas por onze delegados e agora só são seis e com um trabalho maior, o que era focado somente nas investigações do âmbito da Lava Jato. Além do corte de 44% na verba destinada à PF! É um claro desmanche da operação que está limpando o Brasil do mal que faz a corrupção sistêmica na esfera pública”, disse , coordenadora do Acampamento Lava Jato, a advogada Paula Milani.
O desmanche, segundo Cristiano Róger, coordenador do Movimento Curitiba Contra Corrupção, fica mais claro com provável saída do delegado Leandro Daiello da direção-geral da PF. O perfil do novo diretor da PF é criticado pelos delegados federais que comandam as ações da Lava Jato. Os movimentos estão divulgando os telefones dos gabinetes de Jardim e Daiello, além de endereços eletrônicos para manifestação contrária ao fim dos grupos de trabalho na PF.
Na próxima segunda-feira, 10, os movimentos farão ainda um ato em repúdio as atitudes do Ministro da Justiça, na sede da PF em Curitiba e pretende mobilizar os movimentos sociais para impedir o intento do governo federal.