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Mário du Trevor, de Foz do Iguaçu, internado por problemas cardíacos

O músico Mário du Trevor, radicado em Foz do Iguaçu há várias décadas, precisou ser internado no Hospital Costa Cavalcanti as pressas no Hospital Costa Cavalcanti, por problemas cardíacos.

De acordo com o jornalista Rogério Bonato, Mário (65 anos) estaria passando por uma cirurgia para tentar reverter o quadro clínico.

Du Trevor (foto) converteu-se em um dos personagens históricos de Foz do Iguaçu, consagrado por amigos e celebridades como o “último dos seresteiros”.

Durante anos, Marito, como também é conhecido, foi o anfitrião, responsável, por encantar as personalidades e autoridades que visitavam a cidade.

Exímio violonista, ele conserva um repertório clássico da MPB, recheado de canções que normalmente não se ouve mais, a exemplo dos sucessos de Chiquinha Gonzaga e da notável academia precursora de um ritmo hoje conhecido como samba.

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Mas Mário, é também eclético e reconhecido como um notável pesquisador da Música Popular Brasileira, um “almanaque” como diz, exímio dentre valsas e canções que marcaram a “era do rádio”, preconizadas em vozes como Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Sílvio Caldas e Nelson Gonçalves, pessoas com as quais manteve contato íntimo em sua juventude.

Pessoalmente, vivenciei algumas peripécias de Mário, e faça questão de narrá-las, como a noite em que tocou para o então ministro Leitão de Abreu, uma das canetas mais célebres do governo militar. Em determinado momento, após uma breve pausa, atropelado por um acontecimento paralelo, o ministro pediu-lhe que continuasse; fazendo-se de íntimo perguntou: “…e agora você quer ouvir mesmo o que, Pururuca?”. Leitão de Abreu – normalmente sisudo – sorriu e, atravessaram a noite. Mas foram inúmeras as passagens em que Mário roubou a cena, como em meio aos jogos da Copa América, em 1999. Ele era o centro das atenções de gente como Galvão Bueno, Falcão e Fiori Gigliotti. Onde havia descontração e se necessitava impressionar, o evento ficava por conta do Mário.

Marito, segundo a esposa Elaine, a quem – temente – e carinhosamente chama de Gaúcha, teria a idade 65 anos. Acontece que comemorei, conforme ele mesmo me contou, seu aniversário de 67 e já se passaram “alguns” anos depois daquilo. Vai lá saber a idade verdadeira do menestrel?

Em meu exercício na Fundação Cultural, pedi ao prefeito Paulo Mac Donald Ghisi que transferisse o Mário para a biblioteca pública onde trabalhava na área de clipping e informações. No tempo em que estive por lá (faço questão de registrar) não houve um só dia em que Mário não chegasse antes do edifício abrir. Foi sempre pontual no cumprimento dos horários e das funções. Ultimanente está lotado no Teatro Barracão, ministrando aulas de violão para as crianças. Segundo a companheira Elaine, Mário sentiu-se mal no final de semana e sofreu um infarto. Levado às pressas para vários locais de atendimento, acabou transferido para o Hospital Costa Cavalcanti, onde sofreu uma intervenção cirúrgica. Oxalá Mário supere o período difícil; estamos torcendo para que retorne em breve ao nosso convívio.

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