Um ponto turístico praticamente abandonado em Foz do Iguaçu (PR) será revitalizado: foi assinado nesta semana o contrato para reestruturar o Marco das Três Fronteiras, na divisa entre Brasil, Paraguai e Argentina.
A área, às margens dos rios Iguaçu e Paraná, abriga hoje somente um obelisco verde e amarelo e um centro de convenções abandonado. O local é considerado ermo e até perigoso por turistas. As informações são de Estelilta Hass Carazzai, na Folha de S.Paulo.
A ideia é transformá-lo num complexo turístico, com direito a torres de observação e à reprodução de uma vila jesuítica, em alusão à colonização da região pelos padres da ordem religiosa.
Um museu que contará a história dos antigos povoados e do primeiro colonizador a visitar as Cataratas, o espanhol Cabeza de Vaca, também será criado no local.
A grande aposta, porém, será na atividade noturna: o hoje abandonado Espaço das Américas, centro de convenções inaugurado em 1997 pelo governo do Paraná, virará um complexo gastronômico com bar, lanchonete e restaurante, aberto até meia-noite.
“Nosso estudo apontou carência de atrações noturnas em Foz”, diz o gerente-geral da empresa Cataratas S.A., Adélio Demeterko, que administra o Parque do Iguaçu e que venceu a licitação para explorar a área do marco.
“Muita gente vai para o lado argentino atrás de restaurantes e cassinos. Queremos prender esse turista aqui.”
A expectativa da empresa, que terá dois anos para tirar o projeto do papel, com investimento de R$ 27,8 milhões, é que o novo atrativo receba dez vezes mais gente que hoje, ou seja, 1 milhão de turistas por ano —as Cataratas atraem 1,5 milhão por ano.
O Marco das Três Fronteiras fica a meio caminho entre a saída para a Argentina, a ponte da Amizade e as Cataratas. Em um ano, parte das atrações deve ficar pronta, estima a Cataratas S.A., incluindo a vila jesuítica e o espaço do restaurante.