Ele é filho de Cecílio Rego Almeida, fundador da CR Almeida, uma das maiores e mais influentes empreiteiras do país. Sua declaração de bens feita ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), revela um patrimônio calculado em R$ 740 milhões e gastos de R$ 6 milhões na sua campanha. Também é sócio da Ecovia, empresa que administra pedágios no Paraná – um dos assuntos mais questionados pelo seu maior incentivador, Roberto Requião. Mesmo com tantas discrepâncias, Marcelo Almeida, do PMDB, se apresenta como um candidato honesto e uma opção diferente.
“Sou o único candidato que não era candidato. Não acreditei que iria ganhar a convenção do meu partido. Sou a exceção que pensa em uma nova maneira de fazer política”, disse em sabatina que ocorreu nesta terça, 16, na Rede Mercosul/Record News Paraná. “Não faço caixa 2, ninguém me dá dinheiro e acho que todos deveriam falar a verdade e declarar quanto irão gastar na campanha”, completou.
O engenheiro civil está na política desde 1993, quando exerceu seu primeiro mandato como vereador de Curitiba. Teve um segundo mandato como vereador entre 2001 e 2004 e tornou-se deputado Federal em 2007. Marcelo Almeida também foi diretor geral do Detran-PR em 2006, no governo de Roberto Requião, e afirmou ter remodelado o órgão. “Eu ‘arrumei’ o Detran, porque o Requião era o governador, outro não deixaria”, assegurou. “Em todos os Detrans há corrupção”, acusou. O candidato também salientou que é necessário uma “política com vergonha na cara”. “É possível gente do bem ter a mesma força e audácia que os canalhas.”
Almeida também foi questionado sobre os temas mais polêmicos e declarou ser contra a legalização do aborto e da maconha. O candidato afirmou ainda ser a favor da criminalização da homofobia. “O homofóbico precisa ser punido.” Sobre a redução da maioridade penal, falou que não deve ser modificada. “A maioridade penal não deve sofrer alterações, pois tenho medo, por exemplo, que jovens de 16 anos dirijam.”
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