Do blog de Josias de Souza:
Dilma Rousseff realizou nesta sexta (14) a primeira reunião com toda a equipe de 37 ministros. Escalado pela chefe como orador oficial do encontro, o ministro Guido Mantega (Fazenda) borricou otimismo na sala.
Vaticionou que, na Era Dilma (2011-2014), a economia brasileira crescerá a uma taxa anual média de 5,9%. Assim mesmo, com a precisão da vírgula.
Considerando-se a fluidez das finanças planetárias, a previsão do ministro orna mais com a sessão de horóscopo do que com a editoria econômica.
Significa dizer: a antevisão de Mantega tem tudo para se confirmar, desde que os fatos não a conspurquem. Sob Lula, o crescimento médio foi de 4%. Mantega informou aos seus pares que a taxa de investimentos no Brasil subirá dos atuais 19% do PIB para 24%.
Teceu loas ao ex-chefe: "o governo Lula colocou o Brasil na rota do desenvolvimento sustentável". Afagou a nova mandachuva: "o governo Dilma vai consolidar o desenvolvimento e colocá-lo em patamares mais elevados".
O PIB entrou em rota benfazeja, disse Mantega, porque não há "desequilíbrios macroeconômicos” e a inflação encontra-se “sob controle”.
De resto, disse que o governo convive com “solidez fiscal e aumento de reservas". As palavras só merecem crédito até certo ponto. O ponto de interrogação. O equilíbrio macroecômico depende das providências que o novo governo vier a adotar.
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