Terminou em confronto com a Guarda Municipal o manifesto organizado por membros do Movimento Passe Livre (MPL) que não concordam com a proposta do prefeito Gustavo Fruet (PDT), para a nova “fórmula” de financiamento do transporte público em Curitiba.
A manifestação começou durante no horário do almoço desta quinta-feira (22), na Boca Maldita, no Centro Histórico da capital. O grupo de manifestantes saiu do local e se dirigiu até a Câmara de Vereadores, para acompanhar os trabalhos.
De acordo com reportagem da Gazeta do Povo, eles tentaram entrar na Casa Legislativa acorrentados à uma catraca de ônibus, quando foram impedidos pela ação da Guarda Municipal. Um agente acabou ferido e dois manifestantes foram detidos e encaminhados ao 1º Distrito Policial (DP), no Centro.
Por volta das 13 horas, grupo permanecia no local de concentração, de onde deve seguir para a Câmara Municipal. Na Casa, eles devem fazer intervenções contra o financiamento.
De acordo com a organização do movimento, os protestos são contra o que eles chamam de “gratuísmo” no sistema de transporte de Curitiba, que seria a retirada de incentivo de áreas como saúde, educação e moradia para tornar o transporte na cidade gratuito.
O grupo defende a ideia de uma minirreforma tributária, na qual pagaria a tarifa somente os que realmente têm condições. Para por em prática tal reforma, no entanto, seria necessária uma discussão junto à população e à classe operária, e não encontros “em gabinetes”, explica o MPL.
O projeto
Nesta sexta-feira (23), às 14 horas, a Câmara Municipal de Curitiba promoverá o seminário “Projeto Curitiba: um novo financiamento para o transporte público”. A proposta, encaminhada pela prefeitura ao Governo Federal no início de julho, será apresentada por Fruet.
A ideia principal do projeto é a que os empresários e órgãos públicos repassem o valor correspondente ao vale-transporte diretamente ao sistema, sem impacto na folha de pagamento do funcionário e com a prerrogativa de abater o aumento de custo do Imposto de Renda.
A legislação atual, que autoriza o empregador a descontar até 6% do salário básico para bancar o vale-transporte, precisaria ser alterada pelo Congresso Nacional (Lei Federal 7.418/1985). Estudantes também teriam isenção, conforme a renda.
Foto: Adriano Rabiço
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