Uma manifestação “contra a ditadura comunista” e pela volta dos militares ao poder reuniu menos de 100 pessoas no final da tarde desta quarta-feira (10) na Avenida Paulista, segundo informa o portal IG. O ato foi organizado por entidades com inclinação nacionalista como Pátria Minha, União de Combate à Corrupção (UCC), Organização de Combate à Corrupção (OCC) e Mexeu com o Brasil Mexeu Comigo contou também com integrantes de grupos de extrema direita como Resistência Nacionalista, Frente Integralista Brasileira e Carecas do ABC.
O integralismo é descrito por historiadores como uma versão brasileira do nazismo. Os Carecas do ABC ganharam notoriedade quando um grupo de 18 integrantes da gangue espancou até a morte o adestrador de cães Edson Neris da Silva, gay, em 2000. Algumas faixas também registravam a presença de ruralistas.
A maioria dos manifestantes era formada por esposas de militares e pessoas com mais de 60 anos. Eles misturaram temas típicos do regime militar como a “Canção do Exército” (Nós somos da pátria guia…) com elementos estéticos das manifestações que levaram milhões de pessoas, na maioria jovens, às ruas do país nas últimas semanas.
Embora muitos deles defendessem a chamada cura gay e se posicionassem contra os direitos civis dos homossexuais, músicas de Cazuza e Renato Russo, ambos gays assumidos, foram usadas para embalar o protesto. Uma dona-de-casa que identificou apenas como Marta, disse que votou em Fernando Collor de Mello em 1989 mas estava com a cara pintada, símbolo do movimento que levou ao impeachment do ex-presidente e atual senador por Alagoas.
Uma faixa que chamava a atenção dizia “Marcha das Famílias contra o comunismo”. Em 1964, as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, organizadas pela Sociedade Brasileira de Defesa da Família, Tradição e Propriedade (TFP), deram suporte popular para ogolpe que derrubou o presidente João Goulart e mergulho o Brasil em 20 anos de ditadura.
Alguns eram mais explícitos e pediam a volta dos militares ao poder. “Não é golpe. Queremos uma intervenção militar provisória até a realização de eleições limpas sem urnas eletrônicas fraudadas”, disse uma aposentada que se identificou apenas como Regina.
A última intervenção militar provisória no Brasil durou mais de 20 anos e entrou para os livros de história com o nome de Ditadura Militar. Uma das características dos manifestantes era não revelar o nome completo. Um rapaz que se identificou como André disse fazer parte dos Carecas do ABC. Ele vestia uma jaqueta com o símbolo integralista.
Um dos poucos que teve coragem de dar o nome completo foi o professor de artes Hermiton Costa, que defendeu a volta dos militares ao poder dizendo que a possibilidade está prevista no artigo 142 da Constituição. O texto constitucional, na verdade, diz o contrário, determinando às Forças Armadas o papel de preservar as instituições democráticas do país.
Questionado sobre a contradição, ele chamou um colega, que também não soube explicar o argumento e, por fim, pediu ajuda ao engenheiro aposentado Jorge Barreto, que deu sua versão:
“Os militares podem intervir em caso de divisão do território nacional. É o caso da (reserva indígena) Raposa Serra do Sol e outras demarcações de áreas indígenas que tiram do Brasil o direito sobre as riquezas do subsolo daquelas áreas”, disse ele.
Outro manifestante que teve coragem de dizer o nome foi o estudante Rodrigo Dias, de 21 anos, que carregava uma bandeira do império e se dizia monarquista. “Rui Barbosa já diza que o príncipe é criado para amar seu país enquanto os políticos só querem encher os bolsos de dinheiro”, justificou.
A presença de skinheads provocou tensão entre os próprios manifestantes que baixavam o tom de voz para dizer que eram contra o fascismo e a perseguição aos judeus. “Tem que falar baixo porque tem um pessoal aí que pensa o contrário”, disse um estudante.
Ao contrário dos protestos de duas semanas atrás, a manifestação de ontem foi embalada por um trio elétrico cujo aluguel, segundo a empresa responsável, custa R$ 6 mil. O trio tinha uma faixa de apoio dos ruralistas. Líderes do ato disseram que o aluguel foi pago com doações.
O músico Rui Cosmedson, 53 anos, e duas garotas usavam camisetas pretas com uma caveira semelhante à do BOPE e a sigla CCC. Ao contrário do famigerado Comando de Caça aos Comunistas dos anos 60, o novo CCC se intitula Comando de Caça aos Corruptos.
Rui aproveitou para ender por R$ 50 uma camiseta a um integrante dos Carecas do ABC. “Aproveite que na internet custa R$ 59”, disse o músico.
A maior parte das pessoas que passavam pelo vão livre do Masp saindo do trabalho reagiram com indiferença. Outros, incrédulos, tiravam fotos e faziam piadas. “De onde estes caras saíram? Do passado?”, perguntava, às gargalhadas, o arquiteto Julio Bonjardim. Outros ainda reagiam com indignação aos gritos de “fascistas”.
Quando a passeata tentava, com dificuldade, tomar a Avenida Paulista em direção à rua da Consolação, um grupo maior com cerca de 200 pessoas protestava contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e vinha na direção contrária. A intenção era se juntar à manifestação do Masp mas quando viram os cartazes e defesa da volta dos militares, desistiram. “Vou conversar com o pessoal. Não podemos nos misturar com isso”, disse o estudante Vitor Araújo, um dos líderes do Fora Renan.
Alguns representantes dos defensores da volta dos militares ainda tentaram argumentar e arregimentar o grupo mas foram repelidos. “Imagine! Estamos aqui para defender a democracia e somos apartidários. Não temos nada a ver com aquilo ali”, disse o publicitário Alexandre Morgado, que integra o Grupo de Apoio ao Protesto Popular (GAPP), uma turma de voluntários com treinamento em primeiros socorros que tem ajudado voluntariamente na atenção aos feridos nas manifestações.
Aos Srs Deputados Estaduais do Paraná.
Participei ativamente de todas as manifestações que se realizaram na cidade de Curitiba em favor de um técnico qualificado para o cargo e encargo de Conselheiro do TCE do Paraná, momento único e oportunidade ímpar para efetivar a modernização do Estado.
Peço-lhes lisura, mas sobretudo amor ao Estado e à Pátria.
Votem com convicção, muito embora políticos votem com a convicção e a frieza de um estadista, que vê nas ações do presente a segurança para as futuras gerações.
Alguns dos 40 candidatos ao cargo são qualificados, outros nem tanto.
Não sejamos muito otimistas, currículo não necessariamente subentende competência, mas experiência, no minimo dá ponderação.
O dispositivo constitucional do Art 73 estabelece normas e requisitos para balizar a escolha. Mas, convenhamos, 35 anos de idade não representa a experiência de vida para o cargo.
Fala-se muito contra os Deputados que concorrem ao cargo, porque não teriam isenção, mas o mesmo ocorre com os candidatos com notória militância politica, pois estes são mais os interessados no CARGO, e que também não serão isentos.
Determinem um marco de eliminação, primeiro baseado nos critérios constitucionais , depois na idade, privilegiando os maiores de 45 anos, porque este seria um bom critério para o momento.
Não percam a oportunidade, assisti as sabatinas , as manifestações em plenário , panfletei na 15 de novembro , muito embora minha avançada idade para tal, mas me engajei.
No debate na Faculdade de Direito, no dia 11 de julho, infelizmente algumas candidatas muito qualificadas não apareceram.
Aliás, não apareceu nenhuma das candidatas, por quê? A intuição feminina é muito forte, e lá vi a inclinação dos organizadores das massas se revelarem, trabalhando notoriamente para um dos candidatos, que está muito interessado no cargo, mas que é muito jovem.
No referido evento notei que daqueles 9 participantes apenas 3 candidatos teriam condições de assumir o cargo. O melhor deles é o Professor Daniel Ferreira, seguido do advogado da União Amauri e do Professor Hering que fez um brilhante discurso na Assembléia. Acrescentaria a este seleto grupo, o auditor fiscal Francisco Inocêncio, que me pareceu muito preparado, a Professora Jozélia , procuradora com notória experiencia e com uma extensa folha de serviços prestados à Federação e ao Estado e ainda, Professora Melissa, de Direito Previdenciário, muito preparada.
Isto posto, como cidadão longe das paixões das ruas e das colorações políticas, posso lhes garantir , que qualquer um destes cinco candidatos por sua experiência e por sua idade , permitiriam em espaço curto de tempo uma oxigenação do TCE. Todos teriam condições de dar grande contribuição à modernização e qualificação de toda a estrutura administrativa do Estado e dos Municípios, imunes aos lamentos políticos ou corporativos.
Entendo que os jovens comprometidos que participaram deste certame, deveriam formar um novo contingente de lideranças para participar das próximas eleições.
Os cinco candidatos já referidos não estão atrás de Cargos, como bem salientou o Professor Daniel Ferreira no evento da UFPR, pois são profissionais de sucesso em seus segmentos, notórios professores e comprometidos com o encargo e não com o cargo de Conselheiro.