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Mais uma agressão, vamos em frente


fabio campana

Fábio Campana

Matéria divulgada no jornal da RPC me fez acusações graves que o apresentador Sandro D’alpicolo diz fundadas em informação obtida com exclusividade no Ministério Público. Eu repilo todas essas acusações. E afirmo que a forma como foram divulgadas não é ética, pois foram expostas antes mesmo que houvesse a minha notificação judicial e a minha defesa, direito básico no Estado de Direito.

Bom que se saiba que a denúncia original ao Ministério Público partiu de membros do PT, notadamente do ex-deputado Florisvaldo Fier e do deputado Professor Lemos, o que revela, desde logo, o viés político que procura a retaliação como resposta ao posicionamento crítico constante de meu trabalho jornalístico ao lulopetismo, aos corruptos do Lava Jato, aos gangsteres do mensalão, enfim, aos responsáveis pela corrupção em que afundaram a Nação.

A denúncia me atribui recebimento ilegal pela publicação de anúncios de divulgação da Assembleia em revista de minha editora. Pior, envolve essa acusação com ilações a políticos que estão sob permanentes denúncias de corrupção na Assembleia Legislativa e com os quais não tenho e nunca tive qualquer relação que não fosse a do exercício do jornalismo.

Para esclarecer, vamos aos fatos e por partes:

1- A revista publicou matérias de produção e responsabilidade da Assembleia Legislativa. Matérias que a Assembleia publicava como divulgação de suas atividades na forma de propaganda paga. Ou seja,o conteúdo dessas publicações foi de inteira responsabilidade do Departamento de Divulgação da Assembleia. Nunca houve participação editorial da revista.

2 – Estas publicações, na forma de propaganda, foi serviço licitado, através de cartas convite, em processo legal e legítimo. A revista participou, venceu e cumpriu o seu contrato, como comprovam as publicações. Outras publicações também foram selecionadas para cumprir contrato idêntico, mas não foram citadas hoje. Eu fui escolhido para sofrer o ataque, por motivo que creio unicamente de caráter político eivado de baixezas.

3 – Há ponderação sobre um aspecto. À época eu era funcionário concursado da Assembléia Legislativa e, segundo o Ministério Público, não poderia participar de licitação na Casa. A Assembleia, que homologou a licitação e fez o contrato, não viu a irregularidade.

4 – Fora isso, não há qualquer outro questionamento a considerar. Ao contrário do que a matéria fez parecer, não há qualquer envolvimento meu ou da revista nos processos denunciados que envolvem deputados e diretores da Assembleia.

5 – Somar todo os contratos além do da revista que dirijo, o que proporcionou quantia elevada, e destacar apenas o caso da revista de nossa editora, é confundir o telespectador e dar argumento falso aos detratores costumeiros que não conseguem deglutir as minhas críticas como jornalista.

Fazer denúncias no Ministério Público, ações na Justiça, pressões indevidas, usar a internet para destruir imagens e reputações, fora as ameaças e iniciativas dolosas que sofro permanentemente, são métodos costumeiros do PT que transformou este país em refém de um regime marcado por métodos sórdidos que vão do uso permanente da mentira à corrupção e a outros delitos nunca explicados.

Eu me defenderei na Justiça, a instância civilizada. Quanto à atividade jornalística, opinativa, crítica, sem medo, sem pejo, ela continuará. Transformou-se em minha razão de viver. Não é a primeira vez que sofro ataques. Eu, que fui prisioneiro, torturado, perseguido pelo regime militar em luta pela liberdade, que não me submeti jamais a déspotas de qualquer grandeza e catadura, não abrirei mão de minha liberdade de dizer o que penso. Enfrentarei tudo isso como sempre. Com a arma que tenho. Com as minha palavras.