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Mais de três mil participam do Dia Mundial do Rock na Terra das Cataratas

Festival de cultura alternativa foi marcado por encontro de gerações e estilos

O Dia Mundial do Rock foi comemorado em Foz do Iguaçu por uma verdadeira legião de fanáticos. Desde os primeiros acordes de violão na tarde de sábado até a despedida da banda Jack Black no início da madrugada de segunda feira, passaram-se mais de 30 horas e cerca de 3 mil pessoas, na maior maratona roqueira da tríplice-fronteira.

Além de dezenas de bandas, o publico também pode conferir apresentações de teatro, dança, pirofagia, poesias e mostra de fotos. O evento, organizado pela Cooperativa Paranaense de Cultura, foi marcado principalmente pelo encontro das mais diferentes tribos.

Punks, Headbangers, Bluesmans, Hardcores, Glams, Emos, Grunges estiveram juntos, revivendo o clima dos antigos festivais iguaçuenses que juntavam bandas de diferentes estilos.

Outro encontro que chamou a atenção foi da “velha guarda” do underground. Bandas como Morthal, Screams of Hate, Wolfgang, Horizonte Vertical, Nuba, DDT, Visão Alternativa, DNA, Garotos do Subúrbio, Rataplã, Desordem, entre outras, estiveram representadas tanto no palco como na platéia, ajudando a reviver os mais de 20 anos da cena na cidade.

Sangue, Suor e Lágrimas

Quando os irmãos Márcio e Germano Duarte subiram ao palco acompanhados de Luciano Tita, registravam-se, oficialmente, os 20 da banda mais antiga em atividade em Foz. Na noite de sábado a banda Tumulto fez ali, diante do público do Foz Live Aid, não o maior show de sua longa carreira, mas com certeza, o show mais importante de suas vidas.

Com um metal nervoso, pesado e agressivo, estilo adotado pela banda há muito tempo, foram necessárias apenas as primeiras notas para uma imensa roda se abrir no moshpit. As pernas e braços voando para todos os lados acompanhando o setlist de pouco mais de meia hora deixavam visíveis a saudade deste público, que há três anos não via shows do Tumulto.

Esse período longe dos palcos foi marcado pela superação de um câncer, pelo baterista e fundador da banda Marcio Duarte. Quando Marcio e seus companheiros fizeram os agradecimentos no final do show, o público ovacionava o trio enquanto os amigos e familiares que acompanharam a recuperação do baterista caíram em lágrimas, o momento emocionou até mesmo quem não conhecia essa história.

It´s only rock n´roll (but I like it)

Frio, chuva, sol, calor, tudo isso em apenas 30 horas. Os números do festival também impressionam. 29 bandas, uma apresentação artística em cada um dos intervalos, presença massiva de paraguaios, cascavelenses e ex-moradores da cidade. O policiamento constante durante o evento não registrou nenhuma ocorrência, nem mesmo brigas ou vandalismo, coisas comuns em eventos deste porte.

Mas muito além dos números, são os sorrisos e aplausos que nos dão a garantia de que nós nos veremos novamente, em 2012.

AQUI para conferir um trecho dos shows no Youtube