A rede de restaurantes e lanchonetes Madero está na disputa pelo parque de diversões Beto Carrero e pretende transformar o local em polo turístico, com investimento em infraestrutura e na parte alimentícia do parque, segundo apurou VEJA. A proposta é de 1,1 bilhão de reais. O concorrente é a Advent – fundo que opera o Walmart Brasil – que também propôs um valor acima de 1 bilhão de reais. O parque, no entanto, nega que esteja negociando com as companhias. O Beto Carrero é o maior parque temático da América Latina e está localizado na cidade de Penha, em Santa Catarina. O local recebeu 2,2 milhões de visitantes no ano passado. As informações são de André Romani na Veja.
Esse seria o primeiro negócio do Madero fora do setor alimentício. A ideia da empresa é fazer investimentos na casa de 150 milhões de reais. O principal foco seria a alimentação, vista como um ponto fraco do parque. Caso vença a disputa contra a Advent, a rede de restaurantes deve criar um complexo gastronômico, com hambúrguer, churrasco e outros produtos da rede. Outros restaurantes ainda existiram, mas seriam minoria. Além disso, o Madero deve investir em hotelaria, considerada crítica no parque.
O parque está situado em Penha, que tem cerca de 25.141 habitantes, segundo o IBGE. A maioria dos visitantes fica hospedada em cidades vizinhas, como Balneário Camboriú, que conta com uma extensa rede hoteleira. Aumentando a oferta de hospedagem, a rede pretende elevar o tempo em que as pessoas permanecem no parque. O negócio também deve ajudar a companhia a “encorpar” financeiramente, tornando possível um IPO (abertura de capital) já no ano que vem. A concorrência, no entanto, é forte. As duas propostas estão na casa do bilhão de reais e o resultado deve sair nas próximas semanas.
Oficialmente, o parque Beto Carrero nega as negociações para a venda. “Esta é uma informação improcedente e não há previsão de qualquer andamento neste sentido”, informou, em nota. A mãe, o filho e a irmão de Beto Carrero, que morreu em 2008, são os atuais donos do parque. A família decidiu se desfazer do negócio por ter se mudado para os Estados Unidos. Procurados por VEJA, a Advent e o Madero comunicaram que não vão se posicionar sobre o assunto.
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