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“LUTAR, UNIR, PARA A JORNADA REDUZIR!”

Os trabalhadores paranaenses e sindicalistas de diversas categorias atenderam à convocação das centrais sindicais CUT, CTB e FS e realizaram uma mobilização histórica nesta quarta-feira, 28 de Maio – Dia Nacional de Lutas pela Redução da Jornada de Trabalho, Sem Redução de Salários e pela ratificação das Convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A avaliação dos coordenadores da manifestação aponta que cerca de 1 milhão de pessoas foram envolvidas diretamente com as ações promovidas neste dia em todo estado.

Do blog de Zé Fernando (http://magnacuritiba.blogspot.com/). Para ver a íntegra do artigo clique no

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“LUTAR, UNIR, PARA A JORNADA REDUZIR!”

"Lutar, unir, para a jornada reduzir!"

O outro lado da notícia:

Os trabalhadores paranaenses e sindicalistas de diversas categorias atenderam à convocação das centrais sindicais CUT, CTB e FS e realizaram uma mobilização histórica nesta quarta-feira, 28 de Maio – Dia Nacional de Lutas pela Redução da Jornada de Trabalho, Sem Redução de Salários e pela ratificação das Convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A avaliação dos coordenadores da manifestação aponta que cerca de 1 milhão de pessoas foram envolvidas diretamente com as ações promovidas neste dia em todo estado. 

Bloqueio do Transporte Público – Muitas atividades foram realizadas em diversas cidades, como passeatas, protestos, atrasos na entrada de turno, entre outras, mas a principal delas ocorreu mesmo na capital. Por volta das três horas da madrugada, os militantes das centrais se concentraram em diversos pontos de Curitiba. O objetivo era atrasar a circulação dos ônibus do transporte público, com bloqueio dos veículos nos portões das garagens.

A CUT ficou responsável pela paralisação em uma das empresas. Os cutistas conseguiram impedir o tráfego dos ônibus por cerca de uma hora. Nem mesmo a tropa de choque da Polícia Militar (Ronda Ostensiva de Natureza Especial – Rone) intimidou os manifestantes. Quando os oficiais chegaram ao local e tentaram desobstruir os portões da empresa, os trabalhadores sentaram no chão e gritavam palavras de ordem como “você aí de farda, também é explorado!”, “uh, ah, 40 horas já!” e “empresário, não arrebenta, nós queremos as 40!”.

No entanto, a Rone atuou com truculência desnecessária. Os policiais empurraram, chutaram e deferiram golpes de cacetete contra os trabalhadores e acabaram conseguindo liberar o trânsito antes do previsto, por volta das 06h da manhã. A intenção era manter o bloqueio até as 07h. “Vamos cobrar do governador em exercício, o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador Vidal Coelho, sobre essa ação violenta contra uma manifestação pacífica. Isso nos remete aos tempos de governos neoliberais”, afirmou Roni Anderson Barbosa, presidente da CUT-PR.

Também ocorreram registros de incidentes violentos envolvendo a tropa de choque nas paralisações em outras garagens. O pior deles foi no bloqueio da rodovia do Contorno Sul, onde os policiais avançaram com as viaturas sobre os trabalhadores, bateram com cacetetes e dispararam armas de fogo. Alguns manifestantes saíram do ato com ferimentos e outros 10 foram presos e liberados logo em seguida. Paralisação da BR 116 – A ação da polícia não conteve as manifestações. Os trabalhadores ligados à CUT não ficaram acuados. Saíram da garagem de ônibus e definiram uma nova estratégia: bloquear a BR 166 na altura do trevo da PUC – Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Dito e feito! Com o auxílio dos carros de som, conseguiram impedir o trânsito nas duas vias da BR por cerca de 30 minutos, o suficiente para gerar um grande congestionamento, que foi aproveitado para orientar os motoristas sobre as razões do protesto e distribuir o jornal específico do Dia Nacional de Lutas. Após o bloqueio, os manifestantes saíram em carreata até o local da concentração seguinte para encontrar os trabalhadores das demais centrais. Marcha

Unificada – Cada central sindical e sua militância estava com atividades em locais diferentes, mas, ao final dos protestos madrugueiros, todos se concentraram na Praça Afonso Botelho, mais conhecida como Praça do Atlético Paranaense. Por volta das 10h30, cerca de dois mil trabalhadores saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade em direção à Praça Rui Barbosa.

Com muitas faixas, bandeiras e cartazes a favor da redução da jornada de trabalho, a marcha ocupou todas as pistas das avenidas por onde passou, num trajeto de aproximadamente 1km. O Dia Nacional de Lutas pela Redução da Jornada em Curitiba terminou às 12h30, com discursos inflamados das lideranças de cada Central Sindical e das principais entidades dos movimentos sociais presentes.

Os trabalhadores aproveitaram o grande fluxo de pessoas na Praça Rui Barbosa para coletar mais assinaturas no abaixo-assinado que pede a aprovação no Congresso Nacional da Proposta de Emenda à Constituição 393/2001, de autoria dos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Inácio Arruda (PCdoB-CE), que prevê redução da carga horária semanal do trabalhador em 4 horas, sem redução de salários.