O ex-presidente Lula foi citado em um grampo da 14ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Erga Omnes. De acordo com o relatório final de interceptação telefônica desta fase da operação, de autoria da Polícia Federal, Lula teria demonstrado preocupação com “assuntos do BNDES” em uma conversa com o executivo Alexandrino Alencar, diretor da Odebrecht.
A conversa aconteceu no dia 15 de junho de 2015, quatro dias antes de Alexandrino e o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, terem sido presos. O trecho do relatório em que Lula é citado foi publicado na tarde desta sexta-feira 14 no blog de Fausto Macedo, do Estadão. A reportagem explica que a PF não grampeou Lula, e que a conversa foi captada por meio de monitoramento de contatos do executivo.
“Outro contato considerado relevante ocorreu em 15 de junho de 2015 às 20:06, entre Alexandrino Alencar e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nele ambos demonstram preocupação em relação aos assuntos do BNDES referindo-se também a um artigo assinado por Delfim Netto que seria publicado no dia seguinte sobre o tema”, diz trecho do relatório.
Petistas temem que o ex-presidente Lula seja um dos próximos alvos da Lava Jato e defendem que ele seja nomeado ministro na reforma que será feita, em breve, pela presidente Dilma Rousseff. Caso isso aconteça, o ex-presidente teria direito a foro privilegiado, podendo ser julgado apenas pelo Supremo Tribunal Federal, e não pela primeira instância, onde os processos estão sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, de Curitiba.
Não precisa ser jênio para saber que ele tem mais influença no governo da Dilma, que a própia Dilma.