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Lucro da Copel sobe quase 25% no primeiro trimestre

da Gazeta do Povo

A Copel encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 399 milhões, 24,7% a mais que no mesmo período do ano passado, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (16). O resultado foi influenciado por uma alta de 17,6% na receita operacional, que alcançou R$ 2,38 bilhões. As despesas operacionais também cresceram, atingindo R$ 1,88 bilhão, 19,1% acima do valor gasto nos três primeiros meses de 2012.

A alta nas receitas se deve ao forte crescimento nas contas de “fornecimento” e “suprimento” de energia elétrica (a primeira se refere à entrega ao cliente final e a segunda, à venda para distribuidoras, permissionárias, comercializadoras e outros). Elas somaram quase R$ 1,5 bilhão de janeiro a março, 45% acima do registrado um ano antes. Esse aumento ocorreu em meio à queda média de 18% nas tarifas residenciais de energia, que entrou em vigor em 24 de janeiro, decorrente de medidas do governo federal.

Uma das razões para o crescimento foi a estratégia da Copel de vender grandes volumes de energia no chamado “mercado à vista” (espécie de balcão de negócios de companhias elétricas e grandes consumidores), aproveitando a forte alta dos preços de curto prazo. Eles subiram por causa da estiagem e do uso intenso de usinas termelétricas, cuja operação é mais cara que a das hidrelétricas.

Por outro lado, essa mesma alta de preços elevou as despesas operacionais da companhia – o item “energia elétrica comprada para revenda” subiu 39,5% no trimestre. Além do avanço dos preços de curto prazo, a rubrica também foi influenciada pela valorização do dólar, que encareceu a energia adquirida de Itaipu.

Segundo a Copel, parte do avanço na compra de energia foi compensado por recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CDE é um encargo que, segundo uma nova regra do setor elétrico, passou a ser usado para amenizar os gastos extras provocados pelo acionamento de termelétricas.

Descompasso

Com o aumento no consumo de seus clientes e o crescimento mais moderado na geração própria, a Copel tem gasto mais com a compra de eletricidade para revenda. No primeiro trimestre, a geração própria subiu apenas 2,5%, para 4,9 mil gigawatts-hora (GWh), ao passo que a compra de energia aumentou 13,5%, chegando a 8,7 mil GWh.